O prefeito de Delmiro Gouveia, Padre Eraldo Cordeiro, concedeu entrevista ao programa ‘Tribuna Popular’, apresentado pelo Jornalista Jota Silva, na Rádio Correio FM, na manhã desta sexta-feira (1).
Ao repórter da atração, Italo Timóteo, o gestor falou sobre a situação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Esta semana, o Instituto que administra o local informou que encerra as atividades em 16 de março.
Sobre o assunto, Eraldo afirmou que está buscando esforços para que a UPA continue funcionando. “O assunto UPA veio à tona e, quando a gente assumiu, enfrentamos muitos problemas para manter, mas, de antemão, quero dizer que essa semana foi de muito trabalho para que o local continue funcionando. Afinal de contas, nós atendemos quase 200 mil pessoas no Alto Sertão”, declarou.
O gestor explicou que a unidade é mantida com recursos das esferas municipal, estadual e federal. A prefeitura é quem gerencia. “O Governo Federal descredenciou cerca de 50%, o que dificultou bastante. Na esfera estadual, está tudo rigorosamente em dia. O novo secretário nos recebeu e nós estamos empenhados, mas nós entendemos que o Instituto sozinho não agüenta”, acrescentou.
Sobre os repasses do município, o prefeito explicou que Delmiro enfrenta dificuldades para repassar quase R$ 200 mil reais para manutenção da UPA. “E isso tem criado esse embaraço. Vou a Brasília para tentar reverter esses 50% perdidos e, com essa volta, o governador já se comprometeu em contribuir para que a UPA continue em pleno vapor”, ressaltou Eraldo.
Na entrevista, o gestor também afirmou que vai precisar fazer alguns cortes para que o município consiga arcar com a manutenção da UPA. “A população vai ter que entender. Vamos precisar enxugar mais, para que possamos manter a unidade. Só do município, são quase R$ 190 mil por mês. E precisamos tirar isso da própria carne, tendo em vista a importância da UPA”, emendou.
O prefeito reconheceu o débito do município com o Instituto Diva do Brasil (Idab) e afirmou que não cruzou os braços desde a decisão do órgão em finalizar o serviço. “Essa é a terceira crise que o governo está enfrentando. A UPA quase fecha logo no início do mandato e, com esforço, conseguimos reverter. Nossa parte, a gente está mantendo através de emendas, porque geralmente, a gente precisa esperar. A UPA tem que ser mantida com nosso próprio esforço”, analisou o gestor.
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