Restam menos de 11 meses para que agricultores familiares e grandes proprietários rurais façam o registro de suas propriedades no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O prazo havia sido encerrado no último dia 5 de maio, porém, graças a uma medida provisória, foi prorrogado por mais um ano. O novo prazo, dessa forma, termina em 5 de maio de 2017.
O CAR é obrigatório e foi criado juntamente com o novo Código Florestal, em 2012. Quem não o fizer pode deixar de acessar o crédito agrícola e diversos outros benefícios. Mesmo assim, apenas 25% dos imóveis rurais alagoanos haviam sido registrados até abril deste ano, segundo o último boletim divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Do total de mais de 115 mil imóveis rurais, somente 28.761 foram registrados, de acordo com o mesmo boletim do MMA. Juntos, eles equivalem a uma área de 528.905 hectares. Em todo o Nordeste, conforme dados do Ministério, o cadastro já contempla 59,4% da área, o que equivale a 45,2 milhões de hectares.
Segundo o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), que administra o Sistema de Cadastramento Ambiental Rural (SiCAR), o programa de adesão na internet pode ser acessado pelo endereço www.car.gov.br, onde os proprietários rurais podem fazer seu próprio cadastro.
De acordo com Luise Andrade, engenheira florestal e consultora ambiental do Instituto de Meio Ambiente (IMA), os benefícios garantidos aos proprietários que fizeram o cadastro no prazo previsto atenderão aos casos em que há passivos ambientais. “Ou seja, as multas serão convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente”, alertou a consultora.
O CAR é um registro eletrônico obrigatório feito a partir de imagens georreferenciadas. Instituído com o Código Florestal, deverá indicar a situação ambiental de todas as propriedades rurais, com a reunião de informações sobre as APPs, reserva legal, remanescentes de vegetação nativa e áreas consolidadas.
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