Os médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Delmiro Gouveia paralisaram as atividades, na manhã desta quarta-feira (14), por volta das 8h. Eles alegam que salários estão atrasados e cobram a saída do diretor administrativo, Fernando Júnior.
A categoria informou que a decisão foi tomada de forma unânime durante uma assembleia realizada nesta terça-feira (13) e que, de todos os funcionários, apenas os médicos estão com os salários atrasados.
Petrúcio Bandeira, que é um dos médicos contratados para prestar serviços na unidade de saúde, alegou ao Correio Notícia que os profissionais não receberam os salários referentes aos meses de outubro e novembro. “Além do pagamento desses meses, queremos garantir que vamos receber o salário de dezembro, que é o último mês de contrato”, disse ele.
Além disso, Dr. Petrúcio, como é mais conhecido, explicou porque a categoria também está reivindicando a saída de Fernando Júnior. “Não tem mais clima de convivência entre ele e os médicos, pois não sabe tratar bem nenhum funcionário. Nós estamos com os salários atrasados e ele fez uma festa comemorativa, isso foi a gota d’água”, pontuou o médico.
Entretanto, em contato com a reportagem do Correio Notícia, a administração da UPA de Delmiro informou que a data base de pagamento dos médicos é dia 20 de cada mês, com isso, apenas o mês de outubro está atrasado.
A administração também relatou que o atraso se deu por conta que o Governo do Estado e o Ministério da Saúde ficaram sem orçamento neste fim de ano, mas que eles já pediram orçamentos suplementares e que a situação vai ser normalizada nos próximos dias.
Sobre o pedido da saída de Fernando Júnior, a administração informou que ele é funcionário da Santa Casa de São Miguel dos Campos, que administra a referida UPA.
Por outro lado, em entrevista ao programa Tribuna Popular, da rádio Correio FM, nesta terça (13), o diretor administrativo esclareceu que, na segunda-feira (12), foi realizado um café da manhã em comemoração aos dois anos de funcionamento da UPA em Delmiro. “Comemoramos e agradecemos esses dois anos de funcionamento, pois essa unidade de saúde é um presente para o nosso município e para os colaboradores. Dois desses colaboradores são músicos e eles realizaram uma pequena apresentação. Nós mesmos bancamos a confraternização. O atendimento aos pacientes não foi afetado”, relatou o diretor.
A Santa Casa de São Miguel dos Campos informou ao Correio Notícia que o diretor responsável estava em Delmiro Gouveia, nesta quarta-feira (14), para tentar resolver a situação e que amanhã faria um pronunciamento para a imprensa sobre as demandas apresentadas pelos médicos.
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