Formado por 15 pessoas, o grupo era composto por doadores já experientes e por pessoas que se dispuseram a doar pela primeira vez. Muitas delas, inclusive, nem perguntaram para quem seria a doação quando receberam o convite. Simplesmente disseram “sim”.

“Achei isso muito maravilhoso. Quando fiz o convite, eles disseram que sim e nem perguntaram para quem era”, explicou Del Silva, uma das organizadoras do grupo. “É nosso dever como cidadão, ser humano e cristão ajudar as pessoas dessa forma”, acrescentou.

Segundo ela, em São José da Tapera já existe um grupo de doadores de sangue, que estão sempre dispostos a atender quem precisa e fornecer um bem tão valioso e que salva vidas, que é o próprio sangue.

Alguns desses doadores juntaram-se a outros que ela convidou e a outras pessoas que aceitaram o convite de Gabriela Duarte, filha do delegado Maurício. Todos moram em São José da Tapera e saíram de lá por volta das 5h da manhã para chegar cedo a Maceió.

No local de doação, porém, foi constatado que nem todas as 15 pessoas puderam doar. Isso ocorreu por razões diferentes, como ter se curado da Covid-19 há menos de 30 dias, não ter peso e altura compatíveis, ter feito tatuagem há menos de um ano ou ter tomado a vacina contra o sarampo há menos de 30 dias, etc. Dessa forma, somente seis pessoas puderam doar.

“Alguns não puderam doar devido às condições de saúde, mas só a intenção já foi maravilhosa e estamos muito agradecidos”, ressaltou Gabriela Duarte. Quem também fez questão de agradecer ao grupo pelo ato de solidariedade foi a jornalista Gracinha de Souza, esposa do delegado Maurício.

“Nessas horas sabemos com quem podemos contar e ficamos muito agradecidos”, disse ela, que segue acompanhando o marido no hospital. Ele deu entrada na unidade no dia 16 de julho, ficou cerca de 30 dias na UTI e agora está no quarto, onde continua recebendo cuidados para tratar os efeitos da Covid-19.