E as denúncias envolvendo o recém-inaugurado Hospital Regional do Alto Sertão, em Delmiro Gouveia, continuam.
Entregue de forma antecipada a população no último dia 21 de junho, o HRAS suspendeu os atendimentos dois dias depois de inaugurado por falta de energia, A unidade hospitalar, que consumiu do governo do estado cerca de R$ 35 milhões, não tinha um gerador.
Mas foi o caso envolvendo o vereador de Delmiro Gouveia, Geraldo Xavier, que testou positivo para a Covid-19 e não pôde ser internado do HRAS, que levou a situação do hospital a mídia. Construído pata atender no Sertão as pessoas acometidas pela doença, a família do político alegou que ele ficou internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, esperando por uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital recém-inaugurado.
Na época, a saturação do vereador estaria baixa, um dos fatores para a necessidade de maiores cuidados.
Passados mais de dez dias, a situação do HRAS volta a ser notícia.
De acordo com o último Boletim Epidemiológico da prefeitura de Delmiro, o número total de pessoas infectadas pelo novo coronavirus no município é de 3.950, dos quais 3.693 já se recuperam da doença, 115 morreram desde o início da pandemia e 142 permanecem infectados.
Porém, algo se destaca no boletim. Do número total de pessoas infectadas, 22, segundo o que é informado pelo município, continuam infectadas. E a pergunta é: onde estão esses pacientes se o Hospital do Alto Sertão não vem internando as pessoas?
A complexidade pós-inauguração do hospital se tornou tema de um caloroso debate na Assembleia Legislativa, onde deputados criticaram a falta de estrutura e as carências do local construído para salvar vidas.
O deputado Cabo Bebeto (PTC), um dos que fez críticas à gestão da saúde pública alagoana ao citar que, após uma semana, o Hospital do Sertão iniciou as atividades, mas de forma precária, denunciou as demais precariedades do HRAS.
"Com falta de água nos banheiros, ausência de lixeiras, copa sem funcionar, computadores e telefones inoperantes. Outro absurdo: técnicos de enfermagem e demais servidores com quartos de descanso unissex", denunciou Bebeto, informando ainda que a empresa Reluzir, que presta serviço terceirizado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), está há dois meses sem pagar o salário dos funcionários porque o Estado não estaria repassando o recurso contratual.
"A empresa bancou alguns meses, mas agora não está aguentando efetuar o pagamento", denunciou o parlamentar.
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