Na última terça-feira (22), revoltados com a falta de água que afeta diversas áreas da zona urbana de Ouro Branco, moradores bloquearam os dois sentidos da BR-423, na altura da Lagoa do Feijão. O bloqueio durou cerca de sete horas e foi acompanhado por guarnições da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Durante o protesto, os manifestantes relataram que, além de pagarem as contas mensais por um serviço que não é entregue, são obrigados a gastar entre R$ 150 e R$ 600 para comprar água de caminhões-pipa, que captam água de barragens na região ou do Rio Ipanema.

As famílias também denunciaram o descaso da Águas do Sertão, afirmando que, mesmo após várias tentativas de contato por meio do 0800 ou presencialmente no escritório da concessionária, os prazos para o fornecimento de água nunca foram cumpridos. Além disso, os caminhões-pipa prometidos pela empresa para abastecer as residências não têm chegado.

O protesto foi encerrado somente após gerentes da empresa negociarem com os moradores a implantação de um plano emergencial para o envio de caminhões-pipa às áreas afetadas. Paralelamente, segundo os representantes da Águas do Sertão, o volume de água do sistema compartilhado entre Poço das Trincheiras e Maravilha foi direcionado para Ouro Branco.

Em nota, a empresa esclareceu que a falta de água em Ouro Branco e na região é consequência de atos de vandalismo no sistema de distribuição de Poço das Trincheiras.