A baixa vazão da represa de Xingó, entre Alagoas e Sergipe, que até o final do ano passado era de 2.800 m³/s para os atuais 900 m³/s, tem preocupado famílias de pescadores e agricultores que sobrevivem da pesca e das plantações banhadas pelo Velho Chico.
A pouca água, que faz aparecerem as dunas de areia e as pedras, também tem prejudicado cidades no Sertão de Alagoas, abastecidas pelo São Francisco. Até mesmo em alguns pontos do Canal do Sertão a água diminuiu além do esperado.
Para os pescadores a sobrevivência depende do rio cheio. Eles explicam que a vazão normal permite aos peixes, que encontram a água corrente com mais facilidade, subirem, desovarem e descerem.
Técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) confirmam que o termômetro para o controle das vazões é a represa de Sobradinho, na Bahia, que no final do ano passado estava com 83% da capacidade, quando se previa chuvas acima da média em Minas Gerais e Bahia, onde estão os principais afluentes do São Francisco.
Atualmente, por segurança, Sobradinho opera com 53% da capacidade, medida necessária para evitar secas ou enchentes severas.
Mas o São Francisco também enfrenta outro e ainda mais grave problema. A poluição originada de águas servidas ou de esgotos lançadas por cidades ribeirinhas que não tem saneamento básico. Tal situação compromete a fauna.
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