A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira (30) durante uma reunião remota, em Maceió, entre promotores de Justiça do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), procuradores do Ministério Público de Contas (MPC/AL) e superintendentes da Controladoria Geral da União (CGU/AL).

A partir de cruzamentos de informações feitas por técnicos da CGU com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) foi descoberto ainda que além dos mortos, 275 teriam sido vacinados, até 4 vezes, contra o novo coronavirus.

Segundo explicou o superintendente da CGU/AL, Moacir Rodrigues de Oliveira, o órgão já tem os nomes dos mortos que foram imunizados e dos casos envolvendo supostos erros no preenchimento dos dados dos vacinados, fatos a serem devidamente apurados, em investigação a ser desencadeada pelo MP/AL.

Moacir Rodrigues também confirmou que mais de 100 pessoas, entre vereadores, prefeitos e secretários municipais, além de familiares, teriam recebido o privilégio de serem sido vacinados sem integrarem o grupo de risco, considerados “fura fila”.

Por sua vez o procurador-chefe do MPC, Gustavo Santos, garantiu que irá autorizar o cruzamento dos nomes de servidores públicos estaduais com as informações colhidas pela CGU, a fim de se identificar possíveis outras irregularidades.