Com dois meses de salários atrasados, os servidores da base descentralizada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Piranhas decidiram paralisar as atividades, nesta quarta-feira (17). Eles reclamam também que estão sem adicional de insalubridade desde janeiro deste ano.
Ao todo, a base tem 12 servidores, sendo cinco técnicos em enfermagem, quatro condutores, dois vigilantes e uma serviçal. Todos os funcionários, com exceção de três deles que são concursados, estão com salários atrasados desde junho.
“Só retornaremos ao trabalho depois de receber os salários de junho e julho, porque já vai vencer agosto agora dia 20. Não tem mais condições de continuarmos trabalhando desse jeito ”, disse um dos servidores, que preferiu não se identificar para não sofrer represália.
Conforme a coordenadora da base, Lilimar Ferraz, pela manhã houve uma reunião com o secretário municipal da Saúde com o objetivo de definir uma solução. “Ele nos disse que a situação foge do controle dele e que iria se reunir com o secretário de Finanças e o prefeito para ver o que pode ser feito”, disse.
Ferraz disse ainda que comunicou a situação à Central do SAMU, em Arapiraca, que decidiu recolher a ambulância até que o problema fosse resolvido. “Esperamos que isso não ocorra, pois o município ficará sem SAMU. Por outro lado, entendo a situação dos servidores ”, ponderou.
A referida base descentralizada atende, além de Piranhas, ao município de Olho D’água do Casado e dá suporte a outros municípios vizinhos.
Em contato com o Correio Notícia, a assessoria do SAMU informou que pagamento de funcionários, bem como a manutenção das Bases Descentralizadas, é de competência exclusiva dos municípios e que o Estado, em parceria com a União, é responsável apenas pela aquisição de ambulâncias, manutenção delas, combustível e capacitação de profissionais.
A reportagem tentou falar com o secretário municipal de Saúde de Piranhas, Fernando Firmino, mas as ligações não foram atendidas.
Utilize o formulário abaixo para comentar.