Depois de um ano de crise em 2016, causada pelo atraso nos repasses de recursos pelo governo federal, o Programa do Leite começou 2017 num patamar inferior ao de 12 anos atrás, em relação à quantidade de leite entregue às famílias beneficiárias.
Isso porque, em 2005, ele atingiu a marca de 53.300 litros distribuídos diariamente para famílias carentes em situação de insegurança alimentar e nutricional, em todos os 102 municípios de Alagoas. Agora, 12 anos depois, essa quantidade caiu de 80 mil para 50 mil litros por dia.
A redução na quantidade de leite tem como principal fator, segundo a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), que coordena o programa, a contenção de despesas pelo governo federal, que é responsável por 80% dos recursos destinados ao Programa do Leite. Os outros 20% são oriundos de contrapartida do Estado de Alagoas.
Até o começo de 2016, antes da crise provocada pelos atrasos e pela redução no repasse de recursos federais, o Estado comprava diariamente 80 mil litros de leite das associações e cooperativas de agricultores familiares. Esse produto era distribuído a 80 mil famílias.
Agora, apenas 50 mil litros são comprados por dia, porém, atendem às mesmas 80 mil famílias, que, ao invés de 7, recebem apenas 4 litros por semana em todos os municípios alagoanos.
Estado busca parcerias com prefeituras para retomar ampliação
De acordo com Israel Moura, superintendente de Inclusão Produtiva da Seagri, em entrevista ao Correio Notícia, desde o dia 1° de fevereiro deste ano o programa vem passando por uma reorganização.
Segundo ele, ainda em 2016, quando começaram os atrasos no repasse dos recursos federais, vários agricultores familiares que vendiam o leite ao Estado saíram do programa.
Para tentar ampliar a quantidade de leite que é distribuída diariamente, a Seagri está mobilizando prefeituras para uma parceria. De acordo com o superintendente, é da seguinte forma: a cada dois litros colocados pelo Estado no município, a prefeitura colocaria mais um litro.
A iniciativa, segundo Israel Moura, já tem a adesão de algumas prefeituras, entre elas as de Rio Largo, Marechal Deodoro e Jaramataia.
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