Apesar dos postos de trabalho gerados por obras púbicas, pelo comércio e pelas atividades agropecuárias do município, fortalecidas pelo Canal do Sertão, Delmiro Gouveia teve saldo negativo na geração de empregos em 2018, ou seja, ocorreram mais demissões do que contratações.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2018, ocorreram em Delmiro Gouveia 548 admissões e 565 demissões, restando um saldo negativo de 17 postos de trabalho.

Somente em dezembro de 2018, ocorreram 31 contratações e 69 demissões, segundo o Caged, que é vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Fábrica da Pedra

Também nos últimos anos, os moradores da cidade acompanharam o fechamento de um de seus principais patrimônios: a Fábrica da Pedra, fundada no início do século XX pelo empreendedor Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, que dá nome ao município.

A unidade fabril foi fechada em março de 2016 devido ao corte no fornecimento de energia elétrica. O débito com a Eletrobras Distribuição Alagoas chegava, na época, a R$ 1,2 milhão.

Em abril de 2016, poucos dias após o fechamento, os 575 funcionários foram postos em férias coletivas. Em julho, 125 deles foram demitidos. Os demais foram demitidos em janeiro de 2017, após o agravamento da crise e a falta de perspectiva para reabertura da indústria.

Em setembro do mesmo ano, as máquinas da Fábrica da Pedraforam vendidas para uma empresa de Americana (SP). Na ocasião, chegou ao fim a esperança de quem ainda imaginava ver a unidade reaberta.

A Fábrica da Pedra foi fundada pelo empreendedor Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, em 1914. Tem, portanto, quase 105 anos de história. Em 1992, foi adquirida pelo Grupo Carlos Lyra, ao qual pertence atualmente.