"Nessa forma proposta nunca tinha acontecido de uma vara sair para ajudar outra com maior demanda. O resultado foi muito bom e se mantivermos o ritmo vamos chegar à meta de mil sentenças produzidas", disse o juiz Ygor Figueirêdo, auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).

A servidora Céfora Fidelis, lotada na 10ª Vara Criminal da Capital, é uma das que estão atuando no mutirão. Ela explicou que os assessores recebem orientações e metas para a execução das atividades. "Iniciamos a análise dos processos distribuídos e elaboramos as minutas das decisões e sentenças cíveis e criminais, acompanhando a linha de pensamento do magistrado responsável pela unidade beneficiária do mutirão", destacou.

Nesses primeiros dias foram atendidas as comarcas de Limoeiro de Anadia, Maravilha, Piaçabuçu, Joaquim Gomes e São José da Tapera. O Mutirão Solidário - Justiça de Mãos Dadas teve início em 5 de maio e foi instituído por meio de ato normativo conjunto publicado pela Presidência do TJAL e pela Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ).

O objetivo é redistribuir a força de trabalho durante a quarentena e auxiliar as unidades com maior carga de processos. O ato normativo tem prazo de 30 dias, podendo ser prorrogado, caso seja estendido o período de teletrabalho.

Para a servidora, o mutirão é importante por estar voltado, sobretudo, ao jurisdicionado do interior. "Existe uma população que precisa receber um olhar diferenciado e creio que o Tribunal vem dinamizando os trabalhos para atender aos anseios dessa população nesse momento crítico, com o mutirão solidário".

Na avaliação do juiz João Paulo Martins, auxiliar da CGJ, os assessores entenderam o propósito do mutirão e estão desempenhando um bom trabalho.

"Como as varas desses assessores estavam bem saneadas e com boa produção, eles estão ajudando essas outras unidades. Há de se parabenizar todos os assessores envolvidos, bem como os assessores das comarcas que receberam auxílio, os juízes dessas comarcas que orientaram, passaram seus modelos e corrigiram as sentenças, e os juízes das varas que cederam os servidores".