Acompanhando a maré negativa causada pela crise política e econômica no Brasil, a Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), responsável por quase 4 mil pequenos produtores de leite em Alagoas, foi uma das cooperativas afetadas diretamente em Alagoas, sendo obrigada a "arrumar a casa" e usar da criatividade para manter seus compromissos com os cooperados.
Apesar de adotar medidas para tentar driblar a crise, a cooperativa e seus cooperados foram castigados pelo impasse e contingenciamento de recursos no repasse do Programa do Leite pelo governo federal. “Foi preciso a intervenção do governo do Estado e Seagri para evitar uma catástrofe no setor, com mais de 30 dias sem receber e Programa paralisado”, relatou o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro.
A seca e alta dos preços de insumos também somaram para agravar a situação. Grãos como milho, soja e sorgo estiveram escassos no mercado e geraram impacto negativo para a produção leiteira. “Tivemos produtores se desfazendo de animais para colocar as contas em dia e encontrar meio para alimentar o gado. Foi um ano difícil e com uma indigesta necessidade de reajustar-se ao momento”, disse o presidente.
O produto do imbróglio causado pela ‘crise’ foi o registro do desligamento de alguns produtores. “A cooperativa compreende a situação difícil e lamenta as dificuldades, porém acreditamos que estamos construindo uma retomada na Bacia Leiteira com a continuidade do Programa do Leite e avanço da UBL da CPLA”, atesta o presidente, reconhecendo o potencial da Unidade de Beneficiamento do Leite (UBL) de recuperar o setor.
2017
Para 2017, uma das apostas da CPLA é o projeto da Unidade de Beneficiamento do Leite (UBL) que ganhou mais forças com a chegada da planta automatizada, com tecnologia de última geração, na última sexta-feira,16. O equipamento foi adquirido com recursos liberados pelo governador Renan Filho e emendas de autorias dos deputados Givaldo Carimbão e Francisco Tenório.
O projeto irá colocar uma indústria de derivados lácteos, em Batalha, com queijaria automatizada, leite condensado, leite em pó, leite UHT, iogurtes e bebidas lácteas. A unidade será responsável por absorver o excedente do leite da agricultura familiar, beneficiar 200 mil litros por dia e ainda gerar 300 empregos diretos. A expectativa é que a fábrica entre em operação até o fim de 2017.
Na parte técnica, a dinâmica de assistência técnica continua com projeto de melhoramento genético, análise da qualidade do leite e consultorias sobre sistemas de adubação orgânica.
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