Uma jaguatirica foi morta a tiros nas imediações do povoado Caboclo, zona rural de São José da Tapera. O crime tornou-se público neste sábado (21), quando a denúncia chegou ao coordenador do Instituto SOS Caatinga, o biólogo Marcos Araújo, que foi ao local averiguar e fazer a identificação do animal.
Quem fez a denúncia a ele não sabia dizer de que animal se tratava - se uma jaguatirica ou um gato do mato. Ao chegar ao local, o ambientalista constatou tratar-se de uma jaguatirica macho, adulta, já em estado de putrefação e com marcas de tiros. Não se sabe quando o crime foi cometido e nem a razão.
O felino, que não faz mal algum ao ser humano e está em risco de extinção, é carnívoro e tem hábitos noturnos e diurnos, está no topo da cadeia alimentar e vem sofrendo com a perda de seu habitat natural, a Caatinga, cada vez mais devastada pelo homem para a plantação ou a criação de gado.
No Sertão de Alagoas, os que conseguem sobreviver à perda de espaço para caçar, se reproduzir e se abrigar estão sendo mortos por caçadores ou atropelados nas rodovias estaduais e federais.
“É muito triste em pleno século 21 a gente se deparar com animais ameaçados numa situação como essa. Esse animal é muito arisco e foge quando por acaso encontra o ser humano. Ele não faz mal algum para as pessoas. Não há porque ser abatido. Precisamos despertar a consciência ambiental das pessoas e alertar para a necessidade de preservação das espécies. Além da crueldade, é crime matar esses animais”, alertou o biólogo Marcos Araújo.
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