A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca parte do próprio sistema nervoso por engano. Isso leva à inflamação dos nervos, que provoca fraqueza muscular. A síndrome é mais uma doença que tem como vetor o mosquito Aedes Aegypti, o mesmo que transmite os vírus que causam dengue, zika e febre chicungunya.

Patrícia Santana contou ao programa que teve zika em maio de 2015 e que, uma semana depois, vieram os sintomas da Gullain-Barré. Segundo o pai dela, Pedro Santana, que também falou com a equipe do programa, ele pensou que ela iria morrer. “Eu pedi sorte a Deus para ela chegar em Maceió, porque aqui ela não ia durar dois dias”, afirmou o pai da jovem, que chegou a ser transferida para a capital, Maceió, de helicóptero.

“Eu fiquei 48 dias na UTI, 40 de UTI e 8 de enfermaria”, disse Patrícia, que ainda sente um pouco de dificuldade para caminhar em consequência da síndrome. Segundo ela, quando saiu da UTI, pesava 26 quilos, e agora pesa 44. Seu peso normal, conforme ela informou, é 57 quilos.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), dos 43 pacientes diagnosticados com a Síndrome de Guillain-Barré e tratados gratuitamente por meio do convênio firmado pela Sesau com a Santa Casa de Misericórdia de Maceió, nenhum evoluiu para óbito.

O tratamento, de acordo com a Sesau, se utiliza de uma técnica inovadora, denominada de plasmaférese, que tem reduzido o tempo de tratamento dos pacientes. Isso porque, enquanto o tratamento tradicional, realizado com imunoglobulina, dura em média seis meses, as sessões de plasmaférese já possibilitam que o paciente apresente melhora significativa na primeira sessão, sendo mais eficientes para evitar possíveis sequelas.