Pertencente ao Departamento de Estradas e Rodagens (DER), o assunto "fechamento da rodoviária" e suas consequências se tornou um tema proibido para a classe política santanense e deixado de lado, por diversas razões, pelos representantes do comércio e parte da imprensa local.

Enquanto a prefeitura, através da família Bulhões, que tem administrado o município pelos últimos anos, prioriza a construção do Santuário de Senhora Santana, uma edificação que já custou vários milhões e ainda não tem data oficial para ser concluída, a falta da rodoviária para um município que deverá entrar no roteiro do Turismo Católico, levou aos comerciantes que lá conseguiam o sustento de suas famílias, fecharem seus comércios e força a quem chega ou deixa a cidade esperar suas conduções as margens da BR-316, na chuva ou no sol, noite o dia, sem segurança e nenhum local para se abrigarem ou, idosos, crianças e mulheres grávidas fazerem suas necessidades.

Na Assembleia Legislativa de Alagoas o deputado Cabo Bebeto, único parlamentar que após visitar a rodoviária de Santana e conversar com passageiros, motoristas e ex-comerciantes do local, cobrou da direção do DER uma posição sobre o fechamento do bem público, recebendo como resposta que o órgão já está em adiantadas negociações com o Detran, para que a Ciretran do munícipio seja transferida para a antiga rodoviária, que passará por uma grande reforma.

Sobre como serão os embarques e desembarques de passageiros e o fluxo de vans e ônibus de linhas interestaduais, a exemplo das empresas Gontijo e Real Alagoas, que diariamente chegam em Santana, o DER informou que já encaminhou o caso para a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal), que ainda nada definiu.

Diante da situação o deputado oficializou ao prefeito Eduardo Bulhões sobre os problemas gerados com o fechamento da rodoviária, mas o gestor deu como resposta o silêncio, mesmo após o parlamentar expor que se o prefeito desejasse construir uma nova rodoviária, em outro local, ele - cabo Bebeto - apresentaria uma emenda ao Governo do Estado para esta finalidade.

Com precárias condições de mobilidade urbana, praças sem arborização, falta de espaços público para idosos ou crianças irem nos finais de tarde, nenhum projeto para a construção de uma ciclovia ou um espaço para a pratica de caminhadas, o Rio Ipanema e o Riacho da Camoxinga tomados de lixo, Santana do Ipanema, segundo os vereadores da cidade, não tem recebido recursos do Governo Federal, embora, seu maior líder político, seja deputado federal e o responsável pelo orçamento do país, que é um pouco mais de R$ 5 trilhões, valor suficiente para destinar emendas para dá aos santanenses melhores condições urbanas.