O governador Paulo Dantas assinou, nesta segunda-feira (21), o decreto que institui a Rede Intersetorial de Enfrentamento, Assistência e Monitoramento das Violências, que agregará serviços e ações voltadas ao atendimento integral, seguro e humanizado às populações vulneráveis. A rede será composta por instituições de saúde, assistência social, segurança pública e demais órgãos do Poder Executivo, dentro de suas áreas de competência.
O documento foi assinado pelo governador durante visita às obras de reforma e ampliação do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), no bairro de Jatiúca, e faz parte das ações do Governo de Alagoas pelos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, campanha internacional que teve início no dia 20 de novembro e vai até o dia 10 de dezembro, quando se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
"Estou muito feliz de acompanhar a execução dessa obra, que está em 20%, e vai trazer benefícios para proteção integral e um atendimento mais acolhedor para as mulheres vítimas de violência”, observou Paulo Dantas, que também visitou a unidade da Patrulha da Maria da Penha, instalada no local, e terá sua estrutura ampliada com a reforma da sede da Ceam. A ordem de serviço para execução da reforma e ampliação do Ceam foi assinada por Paulo Dantas em junho deste ano e a conclusão está prevista para março de 2023.
O governador salientou que além do Ceam, o governo avança no combate à violência, com a criação de uma delegacia especializada de crimes contra vulneráveis, a instalação das Salas Lilás em todos os Cisps, a implantação do plantão 24 horas da Delegacia da Mulher, em Maceió, e interiorização da atuação da Patrulha Maria da Penha.
A coordenadora da Rede de Intersetorial de Enfrentamento e Assistência e Monitoramento de Violências (RAV), Camilly Wanderley, destacou que a partir da instituição da Rede, o Governo de Alagoas amplia ainda mais os meios de combate à violência não só contra a mulher, mas a toda população vulnerável, com a integração de todos os órgãos do Poder Executivo nesse trabalho. Para Camilly, é preciso enfrentar as consequências da pandemia que ampliou os problemas sociais e, consequentemente, dos índices de violência.
A secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria Silva, explicou que serão construídos cinco apartamentos no novo Ceam, que servirão de abrigo para as mulheres vítimas de violência. O local vai contar ainda com um auditório, refeitório, oficina para capacitação profissional e uma loja para venda dos artigos produzidos pelas mulheres assistidas no Centro, que ficará voltada para a antiga Avenida Amélia Rosa.
“O Centro já tem um diferencial. Pois no próprio local as vítimas podem fazer seu Boletim de Ocorrência. Também tem o funcionamento da Patrulha Maria da Penha 24 horas no mesmo ambiente”, explicou a secretária.
“Com certeza, as mulheres se sentirão mais protegidas e teremos o diferencial de preparar essas mulheres para o mercado de trabalho, com as oficinas de capacitação”, ressaltou Maria Silva. A equipe do Ceam será composta por assistentes sociais, educadores, pedagogos, psicólogos e advogados. Ao lado do Centro, funciona também uma delegacia de Polícia Civil.
A comandante da Patrulha Maria da Penha, coronel Danielli Assunção, ressaltou que a reforma do Ceam será um avanço do trabalho da Patrulha Maria da Penha, cuja atuação é referência no Brasil.
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