Durante coletiva à imprensa na manhã desta sexta-feira (19), o secretário estadual de educação, Fábio Guedes, confirmou que o atraso nas vacinas, anunciado pelo governador Renan Filho (MDB), que abriu a coletiva, atrapalha os planos de retorno das aulas das escolas públicas.
"Nós temos um cronograma e no dia 1º de março, os profissionais da educação vão voltar às atividades para planejamento e para verificar como estão as estruturas das escolas", disse o secretário.
Fábio Guedes também destacou que a volta às aulas, a partir de agora, irá depender da continuidade da vacinação.
"Temos um cronograma que vai até o final de março tentando restabelecer esses vínculos dos profissionais com as escolas e as atividades de acolhimento. Sabemos que muitas escolas perderam matrículas, perderam estudantes. Precisamos retomar esses estudantes para dentro das escolas novamente. Temos também atividades não presenciais para estudantes. E uma análise dos indicadores das atividades que foram desenvolvidas em 2020", reforçou Fábio Guedes.
Outro item destacado pelo titular da Educação estadual foram as compras feitas, com recursos de 2020, que serviram para equipar algumas escolas no Estado.
"Muitas escolas, com recursos do ano passado, já realizaram compras de materiais, instalaram pias nas entradas, compraram álcool gel, máscaras. Os diretores têm trabalhado muito nesse sentido da segurança do ambiente. O plano vem para garantir o ano todo de 2021 e além desse plano temos possibilidade muito forte de conectarmos tecnologicamente tanto os professores como os estudantes. Esse plano está sendo pensado tanto no ponto de vista didático e pedagógico como também na parte tecnológica", afirmou o secretário acrescentando que cerca de 300 escolas passarão por uma reforma.
Em sua fala, Renan Filho enfatizou que as aulas vão retornar, mas a discussão é se retornarão presencialmente ou não.
"Teremos calendário da rede estadual, claro que ainda vamos discutir com os municípios, mas a rede estadual retornará. Pode ser que, em virtude da demora da vacinação e do crescimento de casos, mortes e ocupação hospitalar, nós não voltemos presencialmente neste momento para evitar aglomeração e aumento do contágio", alertou Renanzinho.
"É óbvio que a demora da vacina atrapalha a educação e todos os outros segmentos. Atrapalha a saúde porque morre mais gente, se interna mais gente, atrapalha a economia porque o cidadão não retoma o seu trabalho, não pode exercer suas funções na plenitude. De maneira que é muito importante que a gente encontre caminho para que o Plano Nacional de Imunização seja agilizado", cobrou o governador.
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