Dados do Programa de Identificação e Localização de Pessoas Desaparecidas de Alagoas (Plid/AL) do MPE - neste Dia Internacional das Crianças Desaparecidas - mostram que, desde o ano passado, quando começou a pandemia do novo coronavírus, relatos sobre o desaparecimento de adolescentes e idosos cresceram no Plid/AL, coordenado pela promotora de Justiça Marluce Falcão.

Nessa terça-feira (25), o Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou a campanha para coletar, voluntariamente, material genético de parentes de pessoas desaparecidas em todo o país, com a meta de abastecer o Banco Nacional de Perfis Genéticos e, por meio de exames biológicos, auxiliar na eventual identificação de desaparecidos.

De acordo com a Perícia Oficial, em Alagoas haverá dois pontos fixos de coletas do material genético dessas famílias, que funcionarão nos Institutos de Medicina Legal (IML) de Maceió e de Arapiraca. Em seguida esse material será encaminhado para o Laboratório de Genética Forense de Alagoas, que ficará responsável por processar as amostras e inserir os perfis genéticos no banco de dados estadual com base nas recomendações nacionais e internacionais pré-existentes do uso do DNA.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, cerca de 80 mil pessoas desaparecem no Brasil, todos os anos.

Texto publicado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública esclarece que parentes de pessoas desaparecidas, preferencialmente de primeiro grau (pai, mãe, filhos) ou pessoas com quem a desaparecida tenha tido filhos, serão incentivadas a fornecerem mostras do próprio material genético, que é obtido de forma indolor.

Familiares e pessoas próximas também podem entregar itens pessoais pertencentes à pessoa desaparecida, tais como escova de dentes, cabelo, óculos, aparelho ortodôntico, dente de leite, aparelho de barbear, aliança e outros objetos nos quais os técnicos possam encontrar material genético.