Os prefeitos que desejarem criar a “taxa do lixo”, que seria uma contribuição obrigatória para custear o envio dos resíduos sólidos para os aterros sanitários, enfrentarão a resistência da população. Isso porque, segundo uma enquete do Correio Notícia, 80,2% dos participantes não aceitam pagar a nova taxa, caso ela seja criada.
Com a pergunta “O lixão do seu município foi encerrado. Você concorda em pagar à prefeitura a taxa do lixo para que esse material seja enviado a um aterro sanitário?”, a enquete ficou disponível para participação de 5 a 26 de maio.
A resposta “Não” recebeu 555 votos, o que equivale a 80,2% do total. Por outro lado, a resposta “Sim”, dos que aceitam pagar pelo serviço, recebeu 137 votos (19,8%).
No Sertão de Alagoas, por exemplo, todas as prefeituras precisam enviar os resíduos sólidos que antes iam para os lixões para um aterro sanitário, que fica no município de Olho D’água das Flores. A distância desse local para a cidade de Inhapi, por exemplo, é de aproximadamente 90 quilômetros.
Além do custo com o transporte do material, as prefeituras precisam pagar à empresa que administra o aterro sanitário por meio de um consórcio de municípios.
Nesta sexta-feira (25), o Ministério Público Estadual (MPE/AL) e os órgãos ambientais comemoraram o fim dos lixões a céu aberto. Os últimos deles foram desativados na região do Litoral Sul do estado. Todo o material deve ser encaminhado, a partir de agora, para os aterros sanitários mais próximos.
Com isso, os prefeitos livram-se de multas, processos e até risco de prisão. Também passam a cumprir Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10), que determinava o fim dos lixões no Brasil até 2014. Por outro lado, há benefícios para o meio ambiente.
É importante ressaltar que a enquete do Correio Notícia sobre a taxa do lixo não se trata de pesquisa, e sim de mero levantamento de opiniões, sem controle de amostra, a qual não utiliza método científico para sua realização, dependendo, apenas, da participação espontânea do interessado.
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