A confirmação foi feita a Aldemar Monteiro pelo secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo Campos, nesta sexta-feira (15), em conversa por telefone. Na ocasião, Monteiro estava reunido com agricultores familiares e representantes de movimentos sociais, no interior de Alagoas.

A sinalização para a data da transferência do recurso, que chega a R$ 9 milhões, foi dada no mesmo dia em que o Correio Notícia divulgou, com exclusividade, que famílias beneficiárias para receber um litro de leite por dia estão ficando até dois dias sem recebê-lo.

Em Monteirópolis, no Sertão do estado, quando os beneficiários procuraram a sede do Centro de Referência em Assistência Social (Cras), nesta sexta-feira (15), para receber o leite equivalente a sexta, sábado e domingo, totalizando três litros, havia apenas um litro para cada um. O motivo alegado foi a redução na quantidade de leite repassada pelo Estado, que coordena o Programa do Leite por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri).

Em contato com a reportagem do Correio Notícia, a Seagri confirmou, por meio de sua assessoria, que devido à falta de repasses pelo governo federal, o programa sofreu uma redução de 50%. Assim, a quantidade de leite repassada às famílias realmente diminuiu.

O fato, porém, causou espanto ao presidente da CPLA. “A CPLA, a Coopaz e a cooperativa de leite de cabra não foram comunicadas dessa redução. Nós temos um contrato para fornecer o leite até 31 de dezembro. Se for reduzir a quantidade comprada, é preciso deixar claro quem vai ter que deixar de fornecer”, afirmou Aldemar Monteiro.

Por outro lado, caso a liberação dos R$ 9 milhões se confirme na próxima semana, é provável que não haja redução na quantidade de leite comprada aos agricultores e, na outra ponta da cadeia, na quantidade distribuída a 80 mil famílias em todos os 102 municípios.

O Programa do Leite recebe recursos do governo do Estado, na ordem de 20%, que são oriundos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep), e do governo federal, via MDS, na ordem de 80%.

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