Uma lista que supostamente inclui um radialista, serventuários, empresários e aposentados, todos contratados com salários que variam de R$ 1.600 a R$ 8 mil, pagos pela Prefeitura de Maravilha, está sendo alvo de investigação pelo Ministério Público Estadual (MPE), por determinação do ouvidor do órgão, o procurador Eduardo Tavares.
De acordo com as denúncias, os contratados estão lotados em algumas secretarias municipais, mas fariam parte de uma lista de supostos funcionários fantasmas, que recebem salários sem efetivamente trabalhar.
A investigação também envolve o Instituto Gerir Social, com sede em Maceió, responsável pelas contratações. A entidade, que possui um convênio com o município administrado pela prefeita Conceição Albuquerque (Republicanos), atua na gestão pública nas áreas de Educação, Cultura, Saúde, Meio Ambiente, Ação Social e Gestão Administrativa.
Segundo o Portal da Transparência do município, o Instituto recebeu cerca de R$ 4,5 milhões da Prefeitura neste ano pelos serviços prestados.
O MPE determinou que a prefeitura comprove a frequência dos contratados pelo Instituto e explique por que pessoas exercendo a mesma função recebem salários diferentes, sem registro de horas extras. Outro esclarecimento exigido refere-se aos critérios utilizados nas contratações.
As denúncias sugerem que as contratações teriam sido indicações do marido da prefeita, o vice-prefeito Márcio Gomes, do candidato à prefeitura apoiado pela gestora, Antônio Jorge Rodrigues (Republicanos), conhecido como "Nino", e do candidato a vice-prefeito, Carlos Luiz Martins Marques (Republicanos), o "Luizinho".
Em outubro do ano passado, uma reportagem da Folha de São Paulo denunciou a existência de supostos alunos fantasmas matriculados no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) em escolas municipais de Maravilha. Na ocasião, a prefeita Conceição Albuquerque negou as acusações da reportagem.
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