A modelo alagoana Eloisa Fontes, 26, encontrada essa semana em situação de rua no Morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro, é natural de Piranhas, no Sertão do estado.
Segundo o site Extra, a carreira da modelo foi a realização de um sonho comum a muitas meninas. “Mas problemas pessoais interromperam a trajetória promissora da alagoana, descoberta aos 17 anos. Ela hoje está internada no Instituto Pinel, para onde foi levada depois de ser resgatada do Morro do Cantagalo, onde vivia em situação de rua”, informa reportagem do portal publicada nesta quinta-feira (8).
Eloisa já teve contrato com agência internacional, campanhas para marcas famosas como Dolce & Gabbana, desfiles pelo mundo e capas para revistas conceituadas como "Elle", "Grazia" e "Glamour".
Confira abaixo outras informações do Extra sobre o caso
O Extra informa que ela chegou ao Rio em janeiro de 2020, depois de uma temporada de 11 meses de altos e baixos em Nova York. Recém-contratada pela Marilyn Agency, a alagoana teve um surto em junho de 2019, quando desapareceu por cinco dias. Foi encontrada desorientada numa cidade a 30 minutos de Manhattan, no Estados Unidos. Depois disso, a carreira internacional foi abalada.
“Na virada do ano, decidiu se mudar para o Rio, sem comunicar a família. A princípio, dividiu com um amigo um apartamento em Copacabana e vivia uma vida normal, mesmo sem contato com os parentes”, informa o site.
“Em pouco tempo, iniciou um namoro com um morador da Barra da Tijuca, para onde se mudou. A lua de mel duraria cerca de quatro meses. De acordo com Francisco Assis, amigo de Eloisa, o comportamento da alagoana mudou rapidamente, e ela começou a apresentar instabilidades, o que levou ao fim do relacionamento. Sem trabalhos como modelo, a jovem passou a ser vista e comunidades como Cidade de Deus e Jacarezinho. Desta última, só saiu em agosto, quando foi internada em um novo surto no Hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra, e em seguida transferida para o Hospital Jurandyr Manfredini, em Curicica. O já ex-namorado conseguiu fazer contato com a família, que pediu ajuda a Francisco Assis, único conhecido que tinham no Rio”, prossegue o site Extra.
“Acolhi a mãe dela, que veio quando soube da internação. Uma mulher muito simples, que vive num sítio em Piranhas, no interior de Alagoas. Estava desesperada”, conta Assis, que só então conheceu a história da modelo.
No começo de setembro, depois de um ano sem contato com nenhum parente, Eloisa reencontrou a mãe e chegou a ser levada para a casa de uma irmã, em Minas Gerais. Mas a modelo fugiu de volta para o Rio de Janeiro e passou a viver dentro do Morro do Cantagalo, na Zona Sul do Rio, já em situação de rua. Deixou a comunidade na última terça, quando foi resgatada pela equipe da Operação Ipanema Presente e internada no Instituto Municipal Philippe Pinel, em Botafogo.
“Quando ela estiver em condições de sair, a família vem de Alagoas. Por enquanto, estão todos sofrendo muito. É uma situação muito difícil”, relatou o amigo da família. Para Assis, o caso de Eloisa é uma tragédia que pode acontecer com qualquer pessoa.
“É uma menina que saiu de casa com 17 anos. Ganhou um concurso e foi pra São Paulo. Foi emancipada e caiu no mundo sem orientação nem acompanhamento. Eu acredito que haja outras jovens modelos como Eloisa por aí, e as famílias precisam ficar atentas”, alerta.
Nascida em uma pequena cidade no interior de Alagoas, Eloisa foi casada e tem uma filha, Azzurra, com o modelo e produtor executivo russo Andre Birleanu, de 41 anos. Os dois se conheceram em 2012, em São Paulo, e se casaram em 2014. Andre tem uma filha mais velha de um relacionamento anterior, com outra modelo brasileira. Ele ficou conhecido pela sua participação no programa americano da VH1 "America's most smartest model".
Em 2015, Eloisa, Azzura e Andre participaram da campanha de inverno da Dolce & Gabbana. A modelo brasileira também já fez capas para revistas conceituadas como "Elle", "Grazia" e "Glamour".
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