O surgimento de cobras venenosas tem tirado o sossego não só de moradores da zona rural de Mata Grande, mas também do assentamento Genivaldo Moura, localizado em Delmiro Gouveia.
Nesta sexta-feira (6), uma mulher identificada apenas como Michele informou ao programa Tribuna Popular, da Rádio Correio FM, que uma cascavel foi achada na parede de um quarto dentro da casa dela, no dia 29 de agosto, no assentamento Genivaldo Moura.
Para proteger os moradores, o animal teve que ser sacrificado. Segundo ela, nesta quinta-feira (5), outra serpente foi achada por um homem no mesmo assentamento.
Causas
De acordo com o biólogo Marcos Araújo, que coordena o Instituto SOS Caatinga, há um conjunto de três fatores que podem fazer com que as serpentes estejam deixando seus ambientes naturais e aproximando-se do ambiente humano no Sertão de Alagoas: a época de acasalamento, por isso essas cobras saem da mata em busca de uma parceira; o fato da região – no caso de Mata Grande – ficar numa altitude mais elevada e, com o período de chuva, faz mais frio, e como esses animais são endotérmicos, eles dependem do calor do sol e do ambiente para se aquecerem, assim, procuram os terreiros das casas e o asfalto das rodovias, que retêm mais calor, para se manterem aquecidos; e também o próprio desequilibro ambiental, já que a área de mata fechada é restrita.
Marcos Araújo, acompanhado por outros técnicos do Instituto e do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), esteve no Sítio Barreiro, localizado na zona rural de Mata Grande, nesta quarta-feira (4), para saber detalhes do surgimento de muitas cobras venenosas e avaliar os prováveis fatores para que isso esteja ocorrendo.
No último sábado (31), um morador do Sítio Barreiro gravou um vídeo e o divulgou nas redes sociais para alertar as autoridades sobre o aparecimento de grande número de cobras venenosas na região, principalmente a cascavel, cujo veneno pode ser mortal.
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