Nesta terça-feira, 4 de maio, é o Dia Internacional de Combate à Asma. Criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data visa orientar e prevenir o agravamento de sintomas da doença. Diante do atual momento pandêmico do coronavírus, muitas pessoas confundem os sintomas e acabam ligando o sinal de alerta sobre o que é asma e o que de fato ela faz. E você, sabe diferenciar o que cada doença atrai e identificar se está com alguma delas?
Pois bem, a asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que se caracteriza pela dificuldade de respirar. A Covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. O alergologista e professor do curso de Medicina do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL), Marcos Gonçalves, alerta que pessoas com asma leve ou moderada não estão no grupo de risco, mas devem redobrar os cuidados.
“Os pacientes com asma controlada não fazem parte do grupo mais vulnerável da covid-19, e mesmo que adquiram as duas doenças não correm graves riscos. No entanto, sabe-se que as pessoas com asma grave, aqueles que mesmo usando medicações de prevenção e que têm crises, necessitam de um acompanhamento médico, no sentido de aconselhar e prevenir, encaminhando-as para estar entre as prioridades para a imunização contra o coronavírus,” alertou o médico Marcos Gonçalves.
Não é fácil identificar a primeira crise de asma, principalmente quando ocorre em crianças menores de 5 anos. A asma entre os pequenos pode desencadear uma crise de sibilância, mais conhecida como chiado no peito que, por sua vez, pode ser confundida com a covid-19. Já em outras idades é mais fácil diferenciar os tipos de doenças e o histórico passa a ser muito importante. Se o paciente sempre apresentou os sintomas de desconforto respiratório, tosse, sensação de aperto no peito e outras doenças alérgicas são classificadas como problemas asmáticos.
“A asma em crianças muitas vezes tem causa viral e tende a melhorar com a idade. O crescimento ajuda a desenvolver melhor as funções pulmonares. Assim, uma vez feito o tratamento na infância, tende a ter melhor evolução na fase adulta”, explicou a também professora de Medicina da Unit/AL, a pneumopediatra Katharina Vital.
Prevenção
A asma é desencadeada por fatores alergênicos presentes dentro de nossas casas, como poeira, ácaro, pelos de animais, fumaça, mofo, perfume, produto químico e medicamentos, mas também pode estar relacionada a mudanças climáticas, exercício físico intenso, ansiedade ou estresse emocional. Alguns alimentos também devem ser evitados, como chocolates e doces, comidas condimentadas, leite, café, frituras e alimentos gordurosos, entre outros.
O professor Marcos Gonçalves faz algumas recomendações para evitar a proliferação de ácaros, grandes responsáveis pela maioria de casos de asma. “É necessário higiene constante nos equipamentos de ar condicionado e ventiladores, por acumular grandes quantidades de poeiras e espalhar por todo ambiente. Ainda assim, é preciso arejar os ambientes, abrindo as janelas e deixando a luz do sol bater, principalmente se for em quartos de crianças,” indicou.
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