A violência doméstica transpassa muitos povos, culturas e lugares diferentes. É preciso levantar a bandeira do enfrentamento em todos espaços. Com esse intuito, a Secretaria Estadual da Mulher e dos Direitos Humanos de Alagoas promoveu junto às etnias locais um evento voltado ao assunto, ainda dentro do "Agosto Lilás" que deve ser intensificado durante ações o ano todo.
O evento que aconteceu no Clube Social local, em uma parceria com a Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos de Alagoas, Secretaria Municipal de Saúde e coordenações da Saúde Indígena de Pariconha. O momento contou com participação das etnias Jeripancó, Katokinn e Karuazú.
No espaço, mulheres e homens discutiam malefícios de reproduzir práticas de violência de gênero e a necessidade de reeducar as próximas gerações para a construção de uma sociedade mais igualitária.
Edivaldo Karuazú, um dos líderes do seu povo, aproveitou o momento para deixar um recado de resistência: "não é só nascer índio. Tem que lutar. Nossa ciência, nossas tradições, precisamos que os jovens não deixem cair. Lutem! Não deixem cair os elos dos antepassados".
O encontro foi marcado pela reverência espiritual dos povos tradicionais de Pariconha, única cidade do Nordeste a possuir três etnias indígenas em seu território municipal. Para abrir e fechar o momento de conversas sobre o tema, Jeripancó, Katokinn e Karuazú se uniram para realizar o famoso toré - ritual que une dança, canto, religião e luta.
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