Prefeituras alagoanas devem aplicar punições para quem escolher qual tipo de vacina vai receber. Os chamados “sommelier de vacina” podem ir parar no fim da fila caso se neguem a receber a imunização disponível contra a Covid-19. A primeira a adotar é a cidade de Marechal Deodoro.
“Marechal Deodoro vai adotar a medida do final de fila. Quem fizer a recusa, assinará um termo e só tomará ao fim dos públicos-alvo”, informou a Prefeitura.
Segundo a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) será liberada uma recomendação para que outros municípios coloquem no final da fila pessoas que se recusem a tomar determinada vacina. Hugo Wanderley pretende se reunir com os prefeitos e representantes do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) na próxima segunda-feira, dia 12, para discutir e anunciar a aplicação da medida.
“Diante do crescente número de casos de pessoas que querem escolher o fabricante da vacina contra a Covid-19 e que até se negam a tomar quando chega a sua vez, o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley, adiantou que vai recomendar aos municípios a colocarem essas pessoas no final da fila. A medida pretende diminuir esse tipo de situação que atrapalha o plano de vacinação e a celeridade de imunização da população”, diz a entidade.
FAKE NEWS
A constante ebulição de fake news acerca da eficácia das vacinas contra Covid-19 tem impulsionado a prática. Segundo o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) Hugo Wanderley é preciso conter esse tipo de prática
“As pessoas que assinarem a recusa de tomar a vacina naquele momento serão encaminhadas para o final da fila, quando encerrar a vacinação para maiores de 18 anos. Não se justifica porque todas as vacinas têm eficácia comprovada. Isso tem ocorrido nos municípios. Nós pretendemos tomar algumas medidas, vamos discutir entre os prefeitos para que as pessoas que se neguem a tomar a vacina vão pro final da fila”, diz o prefeito.
O título “sommelier de vacinas” foi criado nas redes sociais em referência às pessoas que tentam escolher qual tipo de vacina será aplicado de a acordo com a “confiabilidade”. A atitude, obviamente demonstra desconhecimento e pode segundo especialista atrasar ainda mais o processo de imunização no país.
Algumas cidades brasileiras já experimentam resultados com punições como colocar no “fim da fila” quem se recusa a receber o imunizante disponível. No Ceará, um projeto de lei de autoria do deputado estadual Célio Studart (PV) prevê tal medida como punição a quem não aceitar a vacina disponível.
Em Maceió, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma que não há intenção de aplicar sanção nestes casos.
Utilize o formulário abaixo para comentar.