O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará em Alagoas na quinta-feira (9) e na sexta-feira (10), quando no primeiro dia irá até São José da Tapera, onde irá inaugurar o início das obras do Trecho 5, do Canal do Sertão, a maior obra hídrica de Alagoas. Ele estará no Sertão acompanhado de ministros, do governador Paulo Dantas (MDB), deputados, prefeitos e secretários de Estado.
Já na sexta-feira Lula estará em Maceió, onde irá entregar residências a pescadores e marisqueiras no bairro do Vergel do Lago.
O Canal do Sertão teve projeto lançado em 1992, mas as obras só tiveram início em 2001, quando o na época presidente da república Fernando Henrique Cardoso fez a primeira transferência de valores ao estado, no valor de R$ 18,5 milhões. Na sequência foram liberados mais recursos durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (R$ 335 milhões); Dilma Rousseff (PT) (R$ 1,48 bilhão); Michel Temer (MDB) (R$ 307 milhões) e Jair Bolsonaro (PL) (R$ 178 milhões).
Em maio de 2021, o presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em Tapera, quando entregou o Trecho 4 da obra. Porém, menos de dois meses após, no dia 7 de julho, o governo federal decidiu rescindir o convênio, alegando que o governo de Alagoas não cumpriu exigências para receber recursos para a continuidade da obra.
O impasse entre os governos estadual e federal adiou o início da continuidade da obra de 26,5 km e que quando concluída atenderá 239 mil pessoas. A obra deveria ter começado no primeiro semestre de 2022.
Na época, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que só poderá assinar novo convênio para financiar o início do Trecho 5 se o governo do estado cumprisse exigências, em especial um plano de viabilidade. Em resposta, o Estado divulgou que o plano já existia desde 2003 e que a partir de então não seria sua responsabilidade.
Dividido em trechos, o projeto tem 250 km, com a captação ocorrendo no município de Delmiro Gouveia e o final previsto para Arapiraca.
A proposta inicial aprovada prevê construção de cinco trechos, até o km 150. Quando concluído, o canal deve beneficiar 42 municípios e mais de 1 milhão de alagoanos que vivem no semiárido
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