Moradores de Monteirópolis, cidade do Sertão alagoano, convivem com um visitante incomum: o sagui, animal que é típico da região de Mata Atlântica, mas que se adaptou ao semiárido, onde predomina o bioma caatinga.
Em muitas residências da zona urbana da cidade, os saguis são presença constante. Eles vivem nas árvores dos quintais, onde encontram alimentos, sombra e abrigo. Nesses locais, eles também estão livres de predadores e conseguem se reproduzir como se estivessem em seu ambiente natural.
De acordo com a bióloga Elane Pereira, que é especialista em Engenharia Ambiental, em geral o animal não oferece riscos às pessoas. Porém, caso ele esteja contaminado com o vírus, pode, em caso de mordida, transmitir a raiva, que é uma doença grave. Por isso, ela orienta que as pessoas não devem manter contato com o bicho nem tentar oferecer alimento a ele.
“Esses animais vivem em grupos, e no quintal das casas eles encontram um ambiente mais propício do que na zona rural, onde predominava a caatinga, que muitas vezes foi substituída para dar lugar à criação de animais ou pastagens”, observou a bióloga.
Os saguis são criaturas estritamente selvagens, portanto não devem ser mantidas como animais de estimação. Os maiores atingem uma média de 20 centímetros e o menor mede cerca de 11 centímetros, e é conhecido como Sagui leãozinho.
Quando estão livres, eles se alimentam de insetos, répteis, mamíferos minúsculos, aves, lesmas, ovos, determinados vegetais, frutas e a goma dos arbustos.
Na foto abaixo, um pequeno sagui atravessa a rua, em Monteirópolis, pelo fio de eletricidade.
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