O referido líder da categoria, professor José Márcio, afirmou que nas unidades escolares da rede municipal de ensino, devido à falta de sistema de refrigeração nas salas, as crianças são obrigadas a assistirem aulas sob temperaturas características do período do ano que podem chegar a 39 graus celsius.

Ainda na entrevista, o presidente do núcleo regional do Sinteal denunciou que, embora o município receba verba específica para a compra de itens que compõem a merenda, o que é entregue aos alunos é de péssima qualidade.

Conforme José Márcio, o cardápio diário da merenda para toda escola é composto por um pão, três bolachas, suco químico e “um caldo com um pedaço de charque”.

O representante dos profissionais da Educação também afirmou que em agosto deste ano o Sinteal flagrou várias irregularidades nas escolas do município durante uma visita às unidades municipais para verificar as condições delas para o retorno das aulas.

Os problemas flagrados durante a visita, que teve a participação de representantes da Secretaria Estadual da Educação e da Câmara Municipal de Vereadores, segundo o sindicalista, ainda não foram solucionados pelo município, embora seja cobrado rotineiramente via ofícios enviados pelo Sinteal.

José Márcio provocou a Defensoria Pública de Alagoas para que acompanhe o caso e adote as medidas cabíveis.

A reportagem fez contato com o secretário municipal de Educação, Renildo Pereira, que passou a responsabilidade para o prefeito Jarbas Ricardo, recomendando que ele fosse ouvido sobre o assunto. O repórter Antonio Melo esteve pessoalmente na prefeitura nesta sexta-feira (26), onde, depois de esperar cerca meia hora, foi atendido por uma assessora do gabinete do prefeito que informou ao jornalista que retornasse na próxima quarta-feira para agendar uma conversa com o gestor.