Considerado o celeiro do artesanato em madeira, o povoado possui a maior concentração de artesãos por metro quadrado do Estado. Devido à utilização da madeira na confecção das peças, a ação pretende estabelecer o manejo sustentável, adequando os profissionais artesãos aos procedimentos legais de utilização da matéria-prima.

Na próxima semana, técnicos do IMA estarão no povoado, visitando os artesãos que possuem registro no Programa do Artesanato Brasileiro (PAB)- coordenado em Alagoas pela Sedetur- e aplicando um questionário que identificará pontos relevantes, como a madeira utilizada, a aquisição da matéria-prima e a área de coleta.

“Estamos na fase inicial do projeto, onde iremos trabalhar o contato com cada artesão, orientando-os por meio de oficinas e selando um compromisso para avançarmos, inicialmente, na regularização do estoque e entrega da matéria-prima, além da recuperação da cobertura vegetal. Posteriormente, trabalharemos o processo de extração”, afirma o consultor Ambiental, Meraldo Rocha.

Como produto final da ação, será confeccionado um selo de certificação que comprove o manejo sustentável na produção das peças. A entrega da certificação já deve ser iniciada no final do mês de setembro, e atenderá a critérios pré-estabelecidos, como a participação em ações de educação ambiental; manejo e obtenção legalizada de madeira; possuir carteira do artesão atualizada, emitida pelo PAB/AL, dentre outros.

De acordo com a gerente de Design e Artesanato da Sedetur, Daniela Vasconcelos, o projeto pioneiro deverá ter etapas em outras localidades de Alagoas.

“O artesanato de Alagoas tem forte representatividade no cenário de desenvolvimento econômico, responsável pela geração de renda para centenas de famílias. Entendemos que o projeto Arte Sustentável deverá ser levado para outras regiões, atendendo a produção artesanal do Agreste, Litoral Sul e Norte”, ressalta Daniela Vasconcelos.