Ele é considerado o maior difusor do forró e da cultura nordestina pelo Brasil durante todo o século XX. Compôs centenas de músicas, gravou quase 200 discos, vendeu 30 milhões de cópias. Foi inspiração para artistas como Elba Ramalho, Fagner, Dominguinhos e Alceu Valença. Se o Nordeste fosse um país, talvez uma música de sua autoria, chamada Asa Branca, seria o hino da nação. Todas essas características referem-se ao “Rei do Baião”, como ficou conhecido o pernambucano Luiz Gonzaga.
Sua voz marcante e contagiante calou-se para sempre no dia 2 de agosto de 1989, quando ele tinha 77 anos. Nesta quarta-feira (2), completam-se 28 anos da morte do Rei do Baião.
Sanfoneiro habilidoso, Gonzaga transformou em poesia e música a realidade dura do Sertão nordestino, que por tantas vezes viu seu povo sofrer com a seca e com a falta de assistência dos governos. Mais do que denúncia social, sua voz e sua sanfona propagaram a cultura do Nordeste pelo Brasil.
O “Rei do Baião”, como Luiz Gonzaga ficou conhecido, nasceu na cidade de Exu, Sertão de Pernambuco, em 1912. Ele conquistou admiradores, tanto entre o público em geral quanto no meio artístico nacional e na crítica especializada, e ficou conhecido por se apresentar sempre vestido com roupas típicas do sertanejo, em sinal de valorização às suas origens.
Autor de "Baião" (1946), "Asa Branca" (1947), "Siridó" (1948), "Juazeiro" (1948), "Qui Nem Jiló" (1949) e "Baião de Dois" (1950), Gonzaga compôs outras centenas de músicas. Foi também o primeiro artista a fazer uma turnê pelo Brasil e a sair do eixo Rio-São Paulo.
Em 2012, ano do centenário de seu nascimento, ele foi tema de escola de samba. Também já inspirou filmes, livros e outros cantores, como Dominguinhos, considerado seu sucessor artístico, falecido em 2013.
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