Entre os dias 23 e 25 de abril, ocorrerá no Campus do Sertão, em Delmiro Gouveia, a 8ª edição do projeto Abril Indígena. O tema deste ano é Etnologia, identidade, saúde e direito; e o evento contará com palestras, mesas-redondas e fóruns temáticos, além de uma atividade de extensão no terreiro Kalankó, em Água Branca.
Durante a programação, serão discutidos aspectos voltados para a saúde e para o âmbito social dos indígenas. De acordo com o projeto do 8º Abril Indígena, “a sociedade hegemônica, principalmente no que se refere à biomedicina, presta serviços e desenvolve políticas públicas para as áreas indígenas no campo da saúde, sem necessariamente, atentar para um aspecto particularmente necessário: a interculturalidade nas práticas dos profissionais da saúde”.
No primeiro dia do evento será realizada a conferência Identidade étnica, o direito à saúde e seus entraves - práticas e perspectiva dos povos indígenas, além da apresentação de um Toré indígena.
Já no dia 24, haverá um debate sobre saúde alternativa, saúde da mulher indígena, do idoso e da criança, suicídio indígena e suas dificuldades de abordagem. Acontecerá também o primeiro ciclo de palestras com os temas Parir e cuidar como uma índia: reflexões sobre os discursos de natureza e cultura nas práticas de cuidado de bebês; Práticas tradicionais de cura: rezadeiras e rezadores em Delmiro e Cenário da saúde da mulher negra e dos quilombolas.
A programação do último dia, a quarta-feira (25), terá dois fóruns: Terra, território e identidade – direitos conflitos e negociação na perspectiva dos povos indígenas sobre o direito à saúde, à educação e à terra e Cultura, memória e patrimônio ao redor do semiárido alagoano. O tema do segundo ciclo de palestras será Meio ambiente e uso dos recursos naturais: alimentação, produção e tecnologias. Para finalizar o dia, haverá apresentação de Toré.
O Abril Indígena também conta com uma atividade de extensão, que será realizada nos dias 27 e 28 de abril, em Água Branca, no terreiro da Januária, área indígena Kalankó. O objetivo é mostrar duas pesquisas feitas neste local e debater sobre elas. As pesquisas são sobre vivência etnográfica e as 54 tecnologias para a captação de recursos hídricos na comunidade.
O evento é uma realização do Instituto de Ciências Sociais da Ufal (ICS/Ufal) e do Museu Théo Brandão (MTB), em parceria com a Cáritas Diocesana de Palmeira dos Índios e o Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) Alagoas/Sergipe.
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