Se estivesse vivo, Luiz Gonzaga do Nascimento, ou simplesmente Luiz Gonzaga, como ficou conhecido, faria neste domingo (13) 108 anos. O “Rei do Baião”, que escreveu e gravou “Asa Branca” e outras centenas de músicas, nasceu em Exu, Pernambuco, em 1912, e de lá saiu para levar sua poesia e seu ritmo marcado pela sanfona para o Brasil inteiro.
Luiz Gonzaga é considerado o maior difusor do forró e da cultura nordestina pelo Brasil durante todo o século XX. Ele foi o primeiro artista a fazer uma turnê pelo país e a sair do eixo Rio-São Paulo.
Além de compor centenas de músicas, gravou quase 200 discos, vendeu 30 milhões de cópias. Foi inspiração para artistas como Elba Ramalho, Fagner, Dominguinhos e Alceu Valença.
Já chegaram a escrever que, se o Nordeste fosse um país, talvez a música “Asa Branca” seria o hino da nação. Sanfoneiro habilidoso, Gonzaga transformou em poesia e música a realidade dura do Sertão nordestino, que por tantas vezes viu seu povo sofrer com a seca e com a falta de assistência dos governos. Mais do que denúncia social, sua voz e sua sanfona propagaram a cultura do Nordeste pelo Brasil.
Suas músicas mais conhecidas são: "Baião" (1946), "Asa Branca" (1947), "Siridó" (1948), "Juazeiro" (1948), "Qui Nem Jiló" (1949) e "Baião de Dois" (1950).
A voz marcante e contagiante de Luiz Gonzaga calou-se para sempre no dia 2 de agosto de 1989, quando ele tinha 77 anos de idade.
Em 2012, ano do centenário de seu nascimento, ele foi tema de escola de samba. Também já inspirou filmes, livros e outros cantores, como Dominguinhos, considerado seu sucessor artístico, falecido em 2013.
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