A Vila de Santo Antônio, reconhecida oficialmente como comunidade quilombola em 2009, fica situada na zona rural do município de Palestina. O “santo casamenteiro” é associado, no Brasil, ao Dia dos Namorados, celebrado nesta terça-feira (12). Amanhã (13), completam-se 787 anos da morte de Santo Antônio.

Na Vila de Santo Antônio vivem cerca de 300 famílias. Muitas delas viram alguns dos jovens deixar o Sertão alagoano com destino a estados da região Sul, como Paraná e Santa Catarina, em busca de empregos.

O entorno da Vila de Santo Antônio é marcado pela seca recorrente, pela concentração latifundiária – que é a grande quantidade de terras nas mãos de poucas famílias – e pela falta de oportunidade de emprego e estudo para os jovens.

Além dos repasses federais, como Bolsa Família e “aposentadorias” do BPC (Benefício de Prestação Continuada), empregos públicos vinculados ao município são as únicas fontes de renda garantidas. Neste último caso, para os que não são concursados, o emprego público só ocorre em caso de contratação temporária, que geralmente está ligada ao apoio político aos gestores.

Quem foi Santo Antônio de Pádua?

De acordo com relatos históricos, a morte de Santo Antônio completa 787 anos nesta quarta-feira, 13 de junho. Ele morreu em 1231, na cidade de Pádua, na Itália, aos 36 anos. Porém, o santo que ajudou a divulgar o nome de uma cidade italiana – “Santo Antônio de Pádua” – nasceu em Lisboa, capital de Portugal, em 1195.

Como é costume na tradição católica, as comemorações ao santo são realizadas na véspera de aniversário de sua morte. Portanto, Vila Santo Antônio estará em festa nesta terça-feira (12).

Vila de Santo Antônio fica na zona rural de Palestina, no Sertão de Alagoas; jovens do local migram em busca de emprego no Sul do país (Foto: Diego Barros)