Nesta terça-feira (20), celebra-se o Dia da Consciência Negra no Brasil. A data promove discussões sobre o papel da escravização de pessoas trazidas da África, durante quatro séculos, na formação do país, e eventos comemorativos em homenagem ao líder da resistência negra Zumbi dos Palmares.
Zumbi liderou grupos de pessoas escravizadas que conseguiam fugir de seus “senhores”. O principal refúgio dessas pessoas foi a Serra da Barriga, em União dos Palmares, na Zona da Mata de Alagoas.
Porém, as pessoas que conseguiam fugir da fúria do chicote, dos castigos e trabalhos forçados nas fazendas e casas grandes dos latifundiários procuravam diversos outros “abrigos” espalhados pelo território alagoano. Em geral, locais de difícil acesso, escondidos dos capitães do mato contratados pelos ricos para recapturá-las.
Nesses locais, formaram pequenas comunidades, nas quais até hoje vivem seus descendentes. Em referência ao “Quilombo dos Palmares”, que resistiu na Serra da Barriga sob a liderança de Zumbi, essas comunidades são chamadas de quilombolas.
Em Alagoas, segundo dados do Instituto de Terras e Reforma Agrária (Iteral), existem 68 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Cultural Palmares, ou seja, reconhecidas oficialmente como tais.
O município com o maior número delas é Água Branca, no Sertão, onde ficam as seguintes comunidades oficialmente reconhecidas como quilombolas: Lagoa das Pedras, Barro Preto, Serra das Viúvas, Cal e Povoado Moreira de Baixo.
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