A 18 dias do início da Copa América, a Conmebol ainda não decidiu onde o torneio de seleções será disputado. Inicialmente previsto para Argentina e Colômbia, o torneio hoje é motivo de impasse. Depois de excluir o país do norte da América do Sul por causa da tensão social das últimas semanas, a Conmebol lida com dois cenários: jogar apenas na Argentina ou substituir a Colômbia pelo Chile para manter o plano original de duas sedes - o país foi sede da competição em 2015.
Venezuela e Equador, que se ofereceram para receber a Copa América, foram descartados. A Conmebol informou se tratar de "fake news" os rumores de que poderia levar o torneio para os EUA, sede da edição do Centenário, em 2016, anterior à última, no Brasil, em 2019.
O Chile oferece algo que interessa à Conmebol: a possibilidade de público nos estádios, já que o país tem índice de vacinação contra a Covid-19 em 51% da população com segunda dose. Nesta quarta-feira (26), começou a imunizar pessoas com 27 anos. Na terça-feira (18) houve até movimentação por parte de dirigentes chilenos para garantir que a rede hoteleira do país estaria pronta para receber o torneio.
Como se não bastasse o cenário complexo no continente, a Conmebol ainda precisa lidar com a divisão política no governo argentino. Segundo o jornal "La Nación", há uma disputa entre funcionários ligados ao presidente Alberto Fernández e outros ligados à vice-presidente Cristina Kirchner.
As divisões se dão a respeito das restrições sanitárias impostas pela pandemia. A ala ligada ao presidente defende que o país organize o torneio. Os "cristinistas" são mais cautelosos.
A decisão deve ser tomada até o final desta semana, prazo considerado apertado pelas seleções. O Brasil, por exemplo, deveria estrear na Copa América em 14 de junho, mas ainda não sabe onde.
Antes disso, pelas eliminatórias, a seleção brasileira enfrenta o Equador, no dia 4 de junho, em Porto Alegre, e o Paraguai, no dia 8, em Assunção. Depois disso, não sabe para onde ir.
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