O clássico teve um panorama só: o Fluminense totalmente avançado com a bola, buscando espaços para fazer a infiltração, enquanto o Botafogo ficava esperando uma jogada salvadora para tentar a vitória - algo que o time de Fernando Diniz não permitiu.

Por mais que tivesse o controle do jogo, o Flu não conseguiu ser efetivo nas finalizações por bater na parede de jogadores rivais no último terço do gramado. Os 71% de posse foram traduzidos em passes e mais passes para tentar atrair e abrir espaços no Alvinegro, que não tinha forças para avançar. Ao todo, o Fluminense terminou o confronto com 686 passes completos contra 138 do Botafogo.

- O Fluminense fez um grande jogo, divido também as próprias dificuldades que o Botafogo impôs. A gente acabou dominando a posse desde o início do jogo, mas especialmente no segundo tempo, isso ainda foi mais preponderante. Concordo que poderíamos ter finalizado um pouco melhor em alguns lances, mas a equipe está de parabéns - disse Diniz na coletiva.

O golaço marcado por Manoel, herói improvável, coroou o bom momento do zagueiro, promovido a titular com Fernando Diniz, e fez justiça pelo que os dois times apresentaram.

O Fluminense não foi "espetacular" e mais uma vez mostrou dificuldades para vazar times que jogam somente por uma bola. Mas foi muito superior ao rival, muito dominante e merecedor dos três pontos, que consolidam a boa sequência tricolor e reafirmam o grande aproveitamento em clássicos cariocas - o time chegou a 70,4% este ano.

"A gente sabe que no futebol a coisa mais difícil que tem é jogar contra linha baixa, e a mais fácil é marcar em linha baixa, então, o Fluminense tem todos os méritos"

Vindo de três vitórias consecutivas, o Fluminense terá a semana livre para trabalhar. O time volta a campo para encarar o Corinthians, no sábado, às 16h30 (de Brasília), pelo Brasileirão. Com a vitória sobre o Botafogo, o Tricolor chega aos 21 pontos na competição e segue na sexta posição.