Nesta semana, uma iniciativa social uniu mais de 200 clubes no Brasil para arrecadar alimentos para famílias carentes. A campanha, batizada como "Mães da Favela Futebol Clube", visa receber um total de 12 mil toneladas de alimentos (uma estimativa de 350 toneladas por estado), o que equivale a um montante de R$ 100 milhões. As doações começaram na última segunda-feira e vão até o próximo domingo (27).
Entre os clubes que aderiram à campanha estão Corinthians, São Paulo, Santos, Palmeiras, Internacional, Grêmio, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Bahia, Vitória, Goiás, Ceará e Fortaleza, por exemplo. Pessoas ou empresas que quiserem contribuir poderão levar suas doações até o estacionamento dos clubes. Os alimentados arrecadados serão distribuídos em favelas e periferias de todo o país por meio do programa "Mães da Favela", da Central Única das Favelas (CUFA).
A campanha é uma iniciativa da Frente Nacional Antirracista (FNA) junto com a CUFA e a Comunidade Door, em parceria também com a Agência África. Além dos clubes, o projeto conta com doadores master, doadores prata e apoiadores. Assinam como parceiros master as empresas que apoiam a campanha nacionalmente. Já as patrocinadoras e apoiadoras realizam doações locais, dentro de seus próprios estados.
– As pessoas sabem que estamos atravessando um momento difícil e têm se mostrado muito solidárias. Ao mesmo tempo, percebemos que esse sentimento do povo, aliado ao apoio dos representantes de uma paixão nacional, que é o futebol, engaja muita gente a doar. Dessa forma, esperamos conseguir apoiar ainda mais as Mães da Favela que precisam. É um momento de união, não existe rivalidade entre clubes – afirmou Kalyne Lima, vice-presidente da CUFA Nacional.
– O Mães da Favela foi um grande projeto, que ajudou milhões de mulheres em 2020. Agora, neste ano, que ainda sofre com os impactos da pandemia, os clubes de futebol entram nessa causa. O futebol se faz presente em todas as camadas da sociedade brasileira. Logo, é de suma importância que seus grandes clubes se envolvam na pauta antirracista e de ajuda humanitária – explicou Edson França, liderança da FNA e vice-presidente da Unegro.
– A gente fica muito feliz que o futebol cumpra um papel social, com tantos clubes se envolvendo na nossa causa. A Frente Nacional Antirracistas e todas as suas organizações agradecem muito a todas essas instituições – agradeceu Letícia Grabiella, liderança da FNA.
Utilize o formulário abaixo para comentar.