O Santos não venceu, mas mostrou muitos pontos positivos no empate por 1 a 1 com o Fortaleza, no domingo (15), na Arena Castelão. Diante do terceiro colocado do Campeonato Brasileiro, o Peixe fez um primeiro tempo quase impecável e viu o nível cair na segunda metade da etapa final.
O Santos, defensivamente, teve de lidar com o Fortaleza aproveitando uma de suas principais características: a linha alta da defesa. Os donos da casa, assim como outros adversários do Peixe têm feito, apostaram no início do jogo em bolas longas por trás da zaga santista.
A equipe comandada por Fernando Diniz tem como característica tentar ficar o máximo possível no campo adversário, com seus zagueiros próximos ao meio de campo. Naturalmente, isso abre espaço entre o último homem do Santos e o goleiro João Paulo.
Contra o Libertad, do Paraguai, pela Copa Sul-Americana, já havia sido assim. E neste domingo o Fortaleza também tentou explorar as costas de Kaiky e Luiz Felipe. A dupla precisou se esforçar em duas oportunidades para evitar o gol adversário.
Sustos à parte, o Santos mostrou uma variação tática interessante diante do Fortaleza. Quando ia sair jogando de seu campo de defesa, o Peixe abria bem os seus dois zagueiros e recuava os dois volantes (Jean Mota e Camacho) para formar uma linha de quatro.
Ao mesmo tempo, formava-se outra linha de quatro no meio de campo, com Madson, Sánchez, Felipe Jonatan (mais centralizado) e Lucas Braga (aberto pela esquerda). Marcos Guilherme e Gabriel Pirani flutuavam pelo ataque.
Foi assim que o Santos lidou com as tentativas de pressão do Fortaleza em seu campo defensivo, com três atacantes ou meias em cima dos zagueiros. E deu certo. Por diversas vezes, o Peixe se livrou da marcação alta e chegou ao campo ofensivo em boas condições.
Até o intervalo, o Santos praticamente neutralizou uma das melhores equipes do Campeonato Brasileiro. Levou o gol em uma bola rebatida dentro da área, logo empatou e conseguiu se impor mesmo fora de casa. Soube se defender e manter a posse de bola quando possível.
Por parte do segundo tempo, o Santos tentou manter o padrão de jogo. Tinha mais a posse de bola, controlava a partida e até teve uma grande chance de marcar o segundo gol, com Marcos Guilherme, aproveitando um contra-ataque.
O que complicou a vida do Santos na partida foi que, por desgaste e opção, respectivamente, Jean Mota e Gabriel Pirani foram substituídos. Sem seus principais articuladores, que faziam a bola girar, o Peixe perdeu posse e passou a ser pressionado pelo Fortaleza.
As entradas de Ivonei e Raniel, nas vagas abertas pela dupla de meias, não surtiram efeito. O Santos começou a jogar praticamente só sem a bola e em seu campo defensivo.
A pressão do Fortaleza resultou no pênalti perdido por Lucas Crispim, e o Santos, mesmo oscilando no segundo tempo, garantiu um ponto importante no Campeonato Brasileiro. Contra uma das melhores equipes da competição, é para comemorar.
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