A entrevista de John Textor à repórter Gabriela Moreira, da TV Globo,, foi o ponto alto da sexta rodada do Brasileirão. Não é preciso dizer que o ponto mais baixo foi a agressão de Rafael Ramos a Edenílson, denunciada como racismo. Mas Textor comparou a qualidade da Premier League, o Campeonato Inglês, com o amor dos torcedores do Brasil. Derramou lágrimas logo depois.
"Precisamos mostrar este amor ao mundo", disse Textor. Pura verdade.
O Brasil já perdeu chances demais de fazer um campeonato relevante no mundo, que diminua o abismo técnico com Inglaterra, Espanha, Itália e Alemanha e faça o talento aparecer nos campos daqui. O abismo econômico existe, mas também havia quando a Itália tinha o melhor torneio do planeta e perdia em termos econômicos para alemães, ingleses e franceses.
O Brasileirão segue tendo o equilíbrio e a imprevisibilidade como seu maior patrimônio. O Real Madrid foi campeão espanhol com quatro rodadas de antecipação, o Bayern com três antes do final, Manchester City e Liverpool, Milan e Internazionale disputarão a taça na última rodada. Este não é o parâmetro, porque em 2021 o Atlético Mineiro ganhou o troféu com dois jogos de antecedência.
A diferença é perceber como os jogos deste ano mostram a dificuldade de prever resultados. Os três favoritos não estão entre os quatro mais bem colocados, o Atlético e o Palmeiras já perderam nove pontos, o Flamengo desperdiçou doze de dezoito disputados, o Corinthians é o líder, o São Paulo briga na parte de cima e o Botafogo é o melhor carioca.
John Textor é a voz da razão. É preciso trabalhar pelo futuro. O Brasileirão pode se mostrar para o mundo de maneira muito melhor do que faz hoje. E, com organização, também ser muito mais forte e qualificado do que é atualmente.
Quer saber quem vai ser o campeão brasileiro?
Espere até o dia 13 de novembro.
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