Asurpreendente escalação de Marlos Moreno na vaga do suspenso Diego deu indícios: o Flamengo partiria para cima do Fluminense. E não deu outra. No Mané Garrincha, desde o primeiro minuto, o time de Maurício Barbieri foi agressivo. No ritmo da garotada, se impôs, dominou o Fluminense, venceu por 2 a 0 e ampliou vantagem na liderança do Brasileirão.
Foi mais uma vitória convincente – a quarta seguida no Campeonato Brasileiro. Resultados que colocam o Flamengo no topo da tabela. E dão gordura. O time abriu cinco pontos para o segundo colocado Sport. Uma vitória contra o Paraná, no domingo, garante a liderança durante a parada da Copa, independentemente do jogo contra o Palmeiras – último antes do recesso para o Mundial.
No ritmo das crias
Não que seja novidade, mas Vinicius Junior e Paquetá estavam endiabrados. Ditaram o ritmo do Flamengo e incomodaram. Em certos momentos, abusaram. Com dribles e provocações, tiraram a defesa tricolor e o técnico Abel Braga do sério. O clima esquentou, mas, surpreendentemente, o jogo terminou sem ninguém expulso.
A vantagem no primeiro tempo parecia segura pelos rumos do jogo, mas era apenas de um gol. O Flamengo desperdiçou oportunidades de definir o clássico no primeiro tempo. As provocações de Vinicius e Paquetá talvez tenham sido precoces, mas os dois não podem ser acusados de falta de objetividade. Partiram dos pés deles as principais chances do Rubro-Negro.
Um outro fato chamou a atenção. O Flamengo terminou o clássico com seis jogadores formados na base: Vinicius, Paquetá, Léo Duarte, Thuler, Jean Lucas e Felipe Vizeu. Os três últimos entraram no segundo tempo. Mas em nenhum momento faltou maturidade e tranquilidade para definir a vitória por 2 a 0 no segundo tempo. Foi de Vizeu, inclusive, o gol que selou a vitória.
Organização e defesa impenetrável
A entrada de Marlos Moreno, que pela primeira vez iniciou uma partida com o time principal – tinha começado em outras duas ocasiões quando os titulares foram poupados – não alterou a forma do Flamengo jogar. Mesmo com a ausência de Diego – um dos principais articuladores do time – a equipe manteve a fórmula: defesa sólida e intensidade no ataque. O colombiano fez uma boa partida, sofreu o pênalti que resultou no gol de Dourado e recebeu elogios de Barbieri.
O sistema defensivo é um caso à parte. Impressiona pela segurança. O Flamengo sofreu um gol nos últimos sete jogos e passou poucos sustos. Com as ausências de Réver e Juan, Léo Duarte ganhou oportunidade, deu velocidade ao setor e se firma a cada dia como titular.
Diego Alves vive grande momento. Sofreu um gol nas últimas 12 partidas. Cuéllar retornou à equipe voando. Foram 10 desarmes contra o Fluminense. Valores individuais impulsionados pela organização coletiva. A cara do líder Flamengo.
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