Está tudo acertado para que o Fluminense seja comandado por Roger Machado na próxima temporada. Depois de Odair Hellmann, a diretoria tricolor aposta novamente em um treinador da “nova geração”, que vinha dando certo até o treinador receber uma proposta dos Emirados Árabes. Na decisão, pesou também a identificação dele com o Flu, por onde atuou entre 2006 e 2008, quando se aposentou. Foi dele o gol do título da Copa do Brasil, em 2007. Mas o que o torcedor pode esperar do trabalho?
Roger é considerado um dos treinadores mais promissores do futebol brasileiro atualmente. Conhecido pelo bom relacionamento em grupo e por ser um estudioso na parte tática, os últimos três trabalhos não foram marcados por atuações primorosas. Além disso, destaca-se uma dificuldade do técnico de sentir o peso das grandes partidas e a não utilização de atletas da base. Veja a seguir o balanço das passagens por Bahia, Palmeiras e Atlético-MG.
O último trabalho de Roger foi no comando do Bahia, onde ficou por um ano e cinco meses. Ele acabou demitido em setembro de 2020 após uma derrota para o Flamengo, mas foi o treinador com a maior sequência no clube em 13 anos. O aproveitamento foi de 50%. O fim do trabalho foi marcado pela derrota na final da Copa do Nordeste para o Ceará e uma conquista do Campeonato Baiano apenas nos pênaltis contra o Atlético de Alagoinhas.
O clube baiano chegou a sonhar com vaga na Libertadores em 2019, quando também foi bem na Copa do Brasil, deixando o São Paulo pelo caminho e fazendo uma partida equilibrada contra o Grêmio nas quartas de final, apesar da eliminação. Na segunda metade do campeonato houve uma queda de rendimento, mas Roger foi bancado pela diretoria. Ele também conquistou o título do Estadual pela primeira vez e ficou com o vice da Copa do Nordeste, sendo superado em casa para o Sampaio Corrêa.
Em 2020, as atuações continuaram ruins. Isso, somando à eliminação na Copa do Brasil para o River/PI logo na primeira fase, começou a acabar com a paciência da torcida. O trabalho ruiu com os resultados do Brasileiro. O principal modelo de jogo do treinador era o 4-3-3, optando normalmente pelo contra-ataque e espetando mais os pontas. Com relação à base, os principais jogadores utilizados foram os vários reforços contratados.
Utilize o formulário abaixo para comentar.