Sampaoli chegou ao Ninho do Urubu por volta das 7h30 (de Brasília), e os atletas foram aparecendo logo na sequência. Pedro não se reapresentou e tampouco deu justificativa à diretoria, que o aguardava no CT - não houve qualquer liberação da presença dele. A assessoria do jogador não está ciente do assunto.

O Flamengo vai esperar a justificativa do atacante antes de decidir se haverá nova punição. No domingo, a diretoria já havia definido que Pedro será multado por ter se recusado a seguir no aquecimento durante o segundo tempo contra o Atlético-MG.

O contrato do jogador foi renovado em janeiro deste ano, quando ele passou a receber um dos maiores salários do elenco. O novo compromisso é válido até dezembro de 2027.

Na partida de sábado, a negativa de Pedro de se aquecer quando Sampaoli ainda poderia fazer uma substituição irritou Pablo Fernández, que, no vestiário, cobrou o atacante.

Houve uma pequena discussão entre as partes antes que o preparador desse um soco no rosto de Pedro. Horas depois, o atacante foi à delegacia prestar depoimento e realizou exame de corpo de delito, que constatou lesões no rosto e na boca.

Em post no Instagram na madrugada de domingo, Pedro disse que foi agredido "covardemente e inexplicavelmente" e acrescentou que "a covardia física se sobrepôs diante da covardia psicológica que tenho sofrido nas últimas semanas".

Após diversas reuniões ao longo do domingo, o Flamengo comunicou no início da noite a Pablo Fernández a demissão do preparador. Pouco depois, no entanto, houve encontro da diretoria com Jorge Sampaoli, no qual ficou decidido que o treinador permanece à frente da equipe.

As duas partes acertaram também que Pablo Fernández vai apresentar uma carta de demissão nesta segunda. Por isso, o Flamengo não se pronunciou sobre o caso.