A Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe), da Polícia Civil do Paraná, quer o banimento de dois torcedores do Coritiba dos estádios após supostamente imitarem um macaco no Athletiba. Identificados por meio de imagens do circuito interno do Coxa, os dois suspeitos foram indiciados pela polícia e terão o caso encaminhado à Justiça.
A dupla alegou inocência. Um deles é sócio do Coritiba e diz que ele próprio foi vítima de racismo. Os nomes dos envolvivos não foram revelados.
De acordo com o delegado Luiz Carlos de Oliveira, da Demafe, os dois torcedores ficariam impedidos de entrar nas praças esportivas - o tempo não foi informado. Os clubes, no caso, seriam os responsáveis para controlar esta punição.
A Demafe ainda informou que foram colhidos os depoimentos e que vão ouvir uma testemunha para, posteriormente, mandar o caso para a Justiça. O crime de injúria racial prevê pena de um a três anos de prisão.
- Eles foram indiciados em inquérito, vamos fazer o relatório e remeter à Justiça. Caberá ao juiz e ao Ministério Público (MP-PR) uma condenação exemplar. Eles podem alegar o que quiserem, mas temos um vídeo que mostra o gesto racista - afirmou o delegado Luiz Carlos de Oliveira, em entrevista coletiva.
O caso
Ao fim da partida de domingo, no Couto Pereira, dois torcedores do Coritiba imitaram um macaco em direção à torcida do Athletico nas arquibancadas do estádio.
Nas redes sociais, vídeos mostram uma pessoa com a camisa verde do Coxa andando em direção ao setor visitante com os gestos de um macaco. Atrás dele, de camisa branca do clube, outro indíviduo faz o mesmo.
Em nota, divulgada na segunda-feira, o Coritiba repudiou os atos e disse que "tais condutas não serão toleradas e são incompatíveis com os valores e a história do clube". A identificação aconteceu na terça após o Coxa ajudar com a divulgação das imagens do circuito interno.
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