O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, concedeu entrevista coletiva na manhã da segunda-feira (23) para anunciar um novo fechamento nos estádios da capital mineira. O chefe da administração municipal de Belo Horizonte oficializou a nova proibição em decorrência dos episódios registrados nos jogos entre Atlético-MG x River Plate e Cruzeiro x Confiança.
Alexandre Kalil abriu a coletiva afirmando que a volta do público na capital mineira foi uma iniciativa proposta pela própria administração municipal. O prefeito fez questão de destacar que a cidade Belo Horizonte fez o teste de algo inédito entre as cidades que possuem grandes clubes do país.
"Foi uma iniciativa de Alexandre Kalil, que pediu ao comitê de enfrentamento pra dar uma oportunidade pra gente saber se dava pra voltar o futebol. Nenhum dirigente de nenhum clube de Belo Horizonte esteve via ofício, via pessoalmente, via telefonema, pedindo pensando na torcida de futebol. Então eu fico absurdado como de repente parece que nós estamos fechando unilateralmente o futebol. As torcidas e a população têm que saber que nós abrimos o futebol unilateralmente. Depois que nós decidimos que o futebol merecia uma chance, nós chamamos o clube pra colocar os protocolos, que infelizmente, deu no que deu. Não vamos aqui voltar, porque todo mundo assistiu, o Brasil todo assistiu, foi matéria nacional, foi colocado como um verdadeiro escândalo nacional, mas não vamos culpar ninguém não", disse Kalil.
O prefeito da cidade mineira elencou algumas medidas que poderiam ter sido colocadas em prática nos dois jogos realizados com torcida em Belo Horizonte. "Se não conseguiram numerar as cadeiras, se o Minas Arena não estava preparado e colocou site pra vender ingresso do dia do jogo, se o torcedor não usa a máscara, se aglomera em bar, enfim. Hoje foi até divulgado pela imprensa que obviamente não tinham dezesseis mil pessoas no Mineirão e quem conhece o futebol e, modéstia à parte, eu conheço pouca coisa na vida como conheço o futebol, não tinha mesmo", salientou Alexandre Kali.
A proibição do público nos estádios de Belo Horizonte surge como um anticlímax para a torcida do Atlético-MG, que esteve presente na vitória por 3 a 0 diante do River, pela Libertadores. Daqui a um mês, o Galo vai enfrentar o Palmeiras pela semifinal do torneio continental. Segundo Kalil, ele "não quer deixar expectativa nenhuma", sendo que "isso [uma nova volta] não depende mais de mim".
A partida entre Atlético-MG e Palmeiras, em Belo Horizonte, pela semifinal da Libertadores, está marcada para o dia 28 de setembro. Na mesma entrevista coletiva, Jackson Machado, secretário municipal de saúde da cidade, afirmou que "se não houver impacto da pandemia na cidade", o confronto do próximo mês pode ter a presença da torcida alvinegra.
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