O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, deu entrevista coletiva após a derrota do Tricolor por 2 a 0 para o Vasco, no Nilton Santos, para reclamar muito da arbitragem de Anderson Daronco. O dirigente criticou a validação do primeiro gol vascaíno, marcado por Vegetti. O Flu alega que a bola bateu na mão do centroavante antes de finalizar. (Veja o lance no vídeo acima)
- O que houve hoje foi uma vergonha no ponto de vista do não cumprimento de uma regra.
- Ela é clara: quando bate na mão do atacante, ele tem que ser anulado. Não se avalia mais intenção. Podem ler no manual da CBF. Não estou no campo, então não sei qual foi o argumento esdrúxulo que ele usou, mas falou para o nosso preparador físico que foi inconclusiva. Se foi inconclusivo, porque o VAR chamou? Foram três faltas no mesmo lance. Foi falta do Leo, a bola bateu na mão do Leo e depois bate na do Vegetti.
Mário cobrou medidas da CBF e criticou a entidade. Disse que recebeu a informação de que as imagens do VAR prejudicaram o trabalho da arbitragem.
- Não vejo, em momento nenhum, um reconhecimento da CBF e da comissão de arbitragem, de que os erros são grosseiros. São sem critério. A cada rodada se adota um critério novo. Por fim, eu recebi a informação de que a câmera da televisão viu, mas a câmera do VAR não viu batendo na mão. Se a câmera do sportv mostra batendo na mão e a do VAR não, tem que parar o futebol brasileiro.
- É um absurdo não ter uma qualidade de imagem para algo que vale milhões. Não acho que tem má intenção, mas é clara a falta de capacidade. Profissionalizar. Os árbitros tem que ser profissionais. Toda rodada a gente vê os absurdos que são cometidos. Se fala mais de arbitragem no Brasil do que do jogo. É um problema do futebol brasileiro. Falo pelo futebol brasileiro, não pelo Fluminense. Não jogamos bem, o Vasco foi superior, mereceu a vitória. Mas sabemos que ela foi merecida após um erro grosseiro. O Vasco não tem nada a ver com isso. Precisamos nos unir para mudar o que está acontecendo.
O presidente do Fluminense aproveitou a entrevista para pedir a aposentadoria do árbitro Anderson Daronco.
- Ao Daronco, falta humildade para parar, abandonar a carreira. Ele é um árbitro reconhecido, sempre foi de excelência, mas tem que parar.
Denúncia no STJD
- Vamos fazer uma notícia de infração contra ele no STJD. Não vai ser só oficio. Para punir árbitro que não cumpre a regra. Hoje não cumpriu a regra. Hoje não é erro de interpretação, é erro de quem não estudou para a prova. Fez uma prova ruim. Eu sou a favor do VAR, mas como tudo no Brasil, a gente consegue destruir até a tecnologia.
- Entendemos que ele infringiu a regra. Se entender, ele vai ser denunciado ao STJD. Espero que no tribunal a gente use a câmera do sportv, porque a do VAR não conseguiu. Fizemos isso uma vez só, num jogo contra o Coritiba, porque o jogador quase rompeu os ligamentos do Bruno, lateral-direito da época, e ele foi punido por não aplicar o vermelho. Vamos fazer de novo porque se a CBF não resolver, temos que ir para o tribunal.
- Vamos mandar o ofício e fazer a notícia de infração. Um em direção a CBF e agora o movimento extra, em direção ao tribunal. No caso do Fluminense, a CBF sempre responde e vamos sempre comparecer para ouvir as explicações. O que nos incomoda é que nunca há um reconhecimento humilde de um equivoco. Desculpa, erramos, e mete o cara na geladeira. É assim que funciona. Isso (futebol) custa milhões de reais.
- Ah, mas eles (árbitros) não são profissionais. Mas a culpa não é minha. Não dá para dois clubes como Flamengo e Palmeiras saírem reclamando da arbitragem e não acontecer nada. Hoje tem mais um clube reclamando da mesma arbitragem. Não é possível o que aconteceu hoje. Estava no camarote, tinha televisão no camarote, falei para ficar tranquilo que não tinha chance de validar esse gol. Eu achei que ele demorou porque ele queria acalmar os ânimos para anular o gol. Bateu duas vezes na mão. E digo mais: os jogadores do Vasco ficaram constrangidos. Tinham torcedores do Vasco, no camarote do lado, que olhavam para a televisão e disseram que foi mão. Não tem isso de inconclusivo
Mais crítica ao Daronco
- Engraçado é que contra o Criciúma ele pegou o tempo cravadinho e matou o nosso contra-ataque no final do jogo. Contra o Cuiabá, deu os minutos, depois acrescentou. Por isso, a gente se irrita e depois pondera com a cabeça fria. Mas hoje não tem como. É uma discussão objetiva. Sobre o descumprimento grosseiro da regra. É ter a humildade de parar.
Ação do VAR
- O que mais me deixa chocado é que foram cinco minutos para ir no VAR. Está difícil de ele gerir o jogo. Está cada vez mais rápido e ele cada vez mais lento. Até pra ele ir ver o VAR é lento.
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