A descoberta de um desvio de água em uma propriedade do suspeito de atirar em Niedison dos Santos Nascimento, 38, foi o que motivou o atentado, segundo uma irmã da vítima. O caso aconteceu na tarde da última sexta-feira (25), na Rua Gabriel Paulo dos Santos, no bairro Mandacaru, em Mata Grande.
Conforme o relato da mulher, cujo nome foi preservado, Josimar Santos do Nascimento, mais conhecido como “Tibiu”, de idade não divulgada, teria recebido uma multa de R$ 6 mil aplicada pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), quando se dirigiu para a casa dela e atirou em Niedison, acreditando que ele teria denunciado o “gato”.
“Meu irmão estava em casa assistindo, ele invadiu minha casa para matar meu irmão dentro de minha casa. Ele foi pego num gato de água, foi multado e deduziu que foi meu irmão. Ele não veio procurar para conversar, ele já foi logo matar. Ele não veio chamar para conversar, tramou logo matar ele”, contou a irmã de Niedison.
A mulher contou mais detalhes sobre o ocorrido dentro da residência dela. “Meu irmão disse que escutou o cachorro latindo, a gente tem um cachorro que é muito bravo, e estava latindo, latindo, aperreado. Meu irmão foi olhar e disse que quando botou a cara na porta, ele já estava com a arma apontada. Meu irmão disse que só escutou o pipoco e botou a mão”, disse.
O disparo de espingarda calibre 12 atingiu a mão esquerda de Niedison, que estava sozinho em casa, mas foi socorrido por populares e levado para o hospital da cidade. Devido à proporção do ferimento, ele foi transferido para o Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, onde passou por procedimento cirúrgico e teve quatro dedos amputados.
Niedison não tinha um emprego fixo, mas trabalhava realizando serviços gerais, entre eles roço de mato. “Agora como ele vai trabalhar? Ele ficou deficiente da mão, um cara de 38 anos de idade, que teve a vida parada por causa de um canalha, um homem fraco”, disse a irmã da vítima.
A mulher contou ainda que no momento do ocorrido não estava em casa, mas que acredita que o suspeito tramou a morte do irmão dela. “Ele esperou meu marido sair para trabalhar e foi lá matar meu irmão”, disse ela, alegando que o suspeito teria dito para amigos da família dela que atentou contra Niedison porque ele estaria espiando a esposa e uma filha dele tomarem banho.
“Ele mora em um primeiro andar. Lá de casa só dá para ver o vitrô do banheiro, assim mesmo de longe. Ele não tem o que dizer e fica inventando história para querer se safar”, concluiu a irmã de Niedson.
A reportagem tentou contato com o suspeito citado, mas não obteve êxito.
O caso deverá ser investigado pela Delegacia Distrital de Polícia (28ª-DP).
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