A apreensão aconteceu no último final de semana no aeroporto de Guararapes, em Recife.

Contra a aeronave havia um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal. A apreensão aconteceu no momento em que o piloto e o proprietário do hilicoptero pararam para realizar o abastecimento, no Recife. A dupla vinha da Paraíba e seguiria viagem para Alagoas. Quando apresentou o plano de voo, foi impedido de retornar porque os operadores da Sala de Tráfego Aéreo e Infraero identificaram o alerta. Como não havia mandado de prisão, o dono do helicóptero assinou o documento da apreensão do equipamento e foi liberado, junto com o piloto. A aeronave permanece apreendida no hangar da Secretaria da Defesa Social (SDS) em Recife, até seu transporte ser autorizado para o Aeroporto de Maceió. 

A PF teria indicios que a aeronave ainda pertence à uma quadrilha de sonegadores de impostos, cujo alguns dos integrantes foram presos durante a Operação Abdalônimo, em 2013. O helicoptero era um dos transportes usados pelo empresário alagoano Walmer Almeida da Silva, suspeito de liderar a quadrilha que sonegou, nos últimos cinco anos, mais de R$ 300 milhões em impostos, em Alagoas e na Bahia.

As investigações tem levado a polícia a suspeitar que o esquema criminoso continua funcionando e que já teve - conforme inquerito da PF - a participação do ex-empresário e tesoureiro da campanha de Collor para a presidencia da república, Paulo Cesar Farias, o PC Farias, que articulava naquela epoca um imenso esquema de corrupção. 

A apreensão do helicoptero revelou também que a mesma aeronave vinha sendo usada pelo deputado estadual Antonio Albuquerque (Republicanos), em sua campanha a reeleição em Alagoas. A aeronave também servia ao deputado federal Nivaldo Albuquerque, filho de AA e que é candidato a reeleição da Câmara Federal.