Na data que se comemora o Dia Nacional da Visibilidade Trans, nesta sexta-feira (29), dados do relatório anual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) comprovam que Alagoas é o terceiro Estado do Nordeste onde mais se matam transexuais. O Estado mais violento é o Ceará (22) seguido da Bahia (19).
A exposição a violência, o abandono e a vulnerabilidade, segundo Nildo Correia, presidente do Grupo Gay de Alagoas (GGAL), tem favorecido para o crescimento da violência.
Ele cita os números do relatório da Antra como um exemplo negativo da falência das políticas públicas divulgadas pelo Estado.
No ano passado, ainda segundo Nildo, foram registrados 23 assassinatos de LGBTQI+, dos quais sete eram transexuais, além das 221 vítimas de agressão.
“Temos risos e choros nessa data. Houve avanços sim, como o reconhecimento do nome social, que se tornou um direito, mas a população trans ainda sofre para conseguir emprego, por exemplo. Muitas acabam indo para a prostituição ou o trabalho informal. Nosso país é onde mais se mata a população LGBTQIA+”, disse Nildo.
O relatório aponta também que em 2020 o Brasil registrou 175 assassinatos de pessoas transexuais, levando o país ao topo do ranking do que mais mata esse grupo no mundo, perdendo apenas para México e Estados Unidos.
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